4.30.2009

Este blog está ligado a máquinas de suporte à vida

a sorte dele é a eutanásia ainda não ser legal por cá.

4.27.2009

Da modernidade ou porque é que a longo prazo vamos ser uma sociedade matriarcal

Ao mesmo tempo que aprende a não se levantar da mesa sem licença, a não cantar à mesa e outras coisas semelhantes, aprende a ser ele à frente nas escadas ("se eu sou o homem da casa porque não posso mandar?"). Deixamo-lo, nunca sabemos bem que preceitos aprende com o pai e eu posso admitir que não os sei todos por ter sido criada como rapariga, nós só nos deixamos levar.
- Vai à frente vai, se eu cair caio para cima de ti.
- É esse mesmo o objectivo, filha, como somos umas pobres criaturas, precisamos que eles nos protejam de tudo, na rua têm de andar no exterior do passeio para nos proteger dos carros, porque nós somos tão totós que podemos ser atropeladas.
- Já sei porquê mãe, nós somos precisas para a reprodução, eles não.
- Ai não? Como nos reproduzimos sem eles?
- Banco de Esperma, duhhhh!

Se congelarmos esperma suficiente, durante tempo suficiente, acho que podemos pensar em acabar com o género deles.

(mas não, imaginar um mundo só de mulheres é tão assustador como imaginar viver no colombo em dia de jogo do benfica).

4.23.2009

Lembrei-me quando li este post que também já senti qualquer coisa semelhante, começou por ser um encantamento qualquer quando o descobri (ao blogger), depois admiração, depois uma fantasia qualquer, a certa altura era só o conforto dos posts estarem lá, aparecerem, até chegar ao ponto actual, de já não achar piada nenhuma e só me lembrar que ele existe quando já li todos os feeds que me interessam e estou à procura de posts eventualmente interessantes fora da minha esfera da bloga. Até há bem pouco tempo achava magnífico ter aprendido a desligar-me com tanta facilidade. Agora acho só aborrecido de morte.

4.22.2009

Eu ia aqui fazer um post muito introspectivo

(para variar) sobre o fenómeno Susan Boyle mas lembrei-me agora de uma coisa que, no meu dia-a-dia, me afecta muito mais.
Eu sei ele que está na idade, descoberta do corpo e isso, e que é normal dizer asneiras e tudo, mas será normal a obssessão do meu filho por mamas e pela própria palavra "mamas"? É que ouvir coisas como "avó, mostra as mamas" pode ser traumatizante para uma avó. E para uma mãe.

4.21.2009

O que o twitter tirou

enquanto andamos todos felizes com as novas formas de comunicar, enquanto a informação voa à velocidade dos megas ADSL ou da fibra óptica, eis que descobrimos coisas que essa velocidade nos pode tirar.
O twitter tirou o autismo da AR.
Maravilhoso, uma ferramenta de interacção social que é finalmente utilizada para o bem (tirar palavras não politicamente correctas do nosso discurso) e não para o costumeiro mal (pessoas na conversa de café enquanto deviam estar a produzir trabalho). Parece-me pouco, porém. É certo que a palavra autista foi retirada dos insultos entre pares na AR, tenho pena das crianças autistas e acho que não precisam de ser comparadas a políticos, já basta o que basta.
Mas também tenho pena das crianças com dificuldades de visão, por isso exijo que retirem o termo cego e ver mal do discurso parlamentar. Tenho pena das crianças com atraso e portanto não posso achar bem que se permita a utilização da palavra atrasado no parlamento. Lamento pelas crianças com peso a mais e não admito que usem grosserias como gordo na nossa Assembleia. Aliás mais prático ainda era publicar um manual de palavras permitidas para deputados, limitados a duas ou três frases por cada tema fariam o mesmo efeito mas com menos desgaste oratório.

4.20.2009

Correndo o risco de ser convertida à causa*



na sexta enfiei-me numa sala de cinema a ver isto. Ou por outra, enfiaram-me, que quando lá cheguei os bilhetes estavam comprados. Não posso dizer que foi um desperdício total, lá pelo meio descobri este rapazinho (na foto).
E ver o Rodrigo Santoro no papel de Raul Castro não deixa de ser um bocadinho hilariante.

*yeah, right.

4.18.2009

Mankind is no island



Este foi o filme que ganhou o Tropfest NY 2008, o maior festival mundial de curtas metragens.
Foi filmado inteiramente com um telemóvel e com um orçamento de 40 dólares.

4.17.2009

Coisas que me irritam II



Ver a Helena Coelho, gira de cair para o lado, agarrada a uma tábua de engomar e com as palavrinhas "Rainha do Surf" em rodapé.

Não querendo voltar a falar no assunto, vou partir do princípio que o target da Triumph é um target muito específico que se identifica com tábuas e roupa para engomar enquanto o marido se estende no sofá a ver futebol o benfica com umas cervejas ao lado, arrota e grita para a cozinha "o que é o comer?".
Eu costumava pensar que estavam em vias de extinção mas ainda ontem ficaram umas quantas a olhar para mim apavoradas porque, enquanto achavam que um homem chegar a casa e a mulher todos os dias lhe dar nestum para o jantar era uma causa mais que justa para divórcio, eu só perguntei se ele não tinha bracinhos para fazer o seu próprio jantar.
Por isso já estou por tudo, anúncios da Triumph incluídos.

Coisas que me irritam I

Nunca entendi esta obssessão dos partidos de esquerda em querer policiar tudo, de querer tudo muito controladinho pelas autoridades, por este amor extremo e unilateral pela polícia. Como tenho de reconhecer que nem todos podem ser tão idiotas ao ponto de não imaginar o que vai acontecer a seguir (tudo a enfiar o dinheiro que não quer que seja visto em offshores e países onde o sigilo bancário está contemplado na constituição, como a Suiça), tenho de ver isto como mais uma medida demagógica do BE para fingir que é o maior a querer combater a corrupção. Não tenho pachorra para a política por causa disto, tudo é show off, nada serve para mais do que vender uma imagem do partido.

4.13.2009

É-me cada vez mais óbvio

o curso que deveria ter tirado era de engenharia informática ou algo do género. Parece-me que poderia escolher qualquer sitio do mundo para viver porque em todo o lado (mesmo no meio das pradarias desertas) é sempre necessário um informático e depois poderia ostentar um título portentoso como consultora de qualquer coisa, palavra que para mim aufere um estatuto superior ao diplomático. É maravilhosa porque pode significar um trabalho imenso e pode em simultâneo não significar absolutamente nada (com todas as suas variantes intermédias).
Considerando a minha absoluta falta de capacidade para lidar com hardware e linhas de código, vi-me obrigada a trocar este meu sonho por um mais viavelzinho: seguir as pisadas desta grande blogger. Não tenho a certeza se mais alguém conseguiria publicar com tanta leveza posts SOS Lisboa ao lado dos da Caras. O meu pequeno blog não chega lá, mas vai-se esforçar.

Eu quero



daqui

Viver no meio do nada.

The goal is elevation



daqui

Segunda de Páscoa para o mundo católico que não o português, a cidade dorme como se de facto fosse feriado ou assim parece talvez fruto do tempo cinzento, os meus filhos dormem porque as escolas estão fechadas e eu arrasto-me com a cara meio inchada por um abcesso e dores para o chiado, ainda para mais vesti umas calças que são o numero abaixo do meu (não sabia que existia, razão do meu erro) em não bastando ser a única pessoa acordada da cidade tenho dores, sinto-me gorda e feia.
Ou como fui informada, para meu enobrecimento pessoal, porque o trabalho enobrece. Mas a mim enobrecia-me mais não trabalhar e ir às compras o dia todo (ou pelo menos teria mais aspecto disso).

4.08.2009

Sou dependente de coisas tão pequenas

durante estes dias desde o fim de semana fez-me a maior falta, essa coisa comprida, branca e fininha. agora que já a tenho comigo respiro de alívio.

(o cabo do ipod, obviamente).

Boycott Oilily



imaginem que vão um dia na rua e vêm fotografias vossas expostas numa montra, à venda. ou que o vosso colega do lado foi ao servidor da empresa e roubou um trabalho que levou semanas a conceber e a concretizar e assinou com o nome dele. ou que alguém copiou textos vossos do blog e os publicou num jornal como sendo dele. bonito, não é? e que, em resposta a um protesto vosso, não só mantinham as coisas à venda, como alegavam "dificuldades financeiras" à laia de justificação. muito bom, não seria?

foi o que a Oilily fez com a Rosa.

a história aqui

Apercebo-me agora

(bom, já me tinha apercebido há uns tempos, mas "apercebo-me agora" ficava melhor como título) que os erros grosseiros que fui acumulando até ter tornado a minha vida o caos miserável que é agora se devem na sua maioria à precipitação que a minha constante ansiedade gerou sempre. Algures nas minhas orações devo ter insistido muito para que este meu feitio mudasse. Agora que estou demasiado cansada para ter ansiedades (para além de ansiar por descanso) aceito tudo, quero lá saber.

4.07.2009

Eu tenho dias em que me sinto totalmente ignorante

Aprendi uma palavra nova - tibieza - na badana de um livro (nem sequer tinha ainda aberto o livro) mas ainda não sei o que é um telefone Kosher

Blogger's block

i'd like to say beautiful things but I don't know how

daqui

4.02.2009

10



Não sei se somos nós que envelhecemos, se são os filhos que nos envelhecem. O tempo passa por nós só o suficiente para nos lembrar que está a passar. A maioria dos dias parece igual, igualzinho, até acontecer um que finalmente muda tudo.
O meu primeiro enorme foi há dez anos e um dia.

pessoas com extremo bom gosto