10.23.2008

Do metro

Não sei se para o comum dos mortais é tão complicado como para mim andar de metro. Desde a máquina dos bilhetes, aos canais abertos/fechados/de dois sentidos/de sentido contrário, passando pelo mapa da coisa e terminando nas direcções do cais, tudo é passível de aprendizagem e me confunde. Bem sei que é questão de hábito, mas uma vez não habituada, como hei-de entender o que significa "zapping" na máquina de bilhetes (ainda não sei), ou saber de cor que estações ligam a outras, quanto tenho de andar dentro de uma ligação para chegar ao cais seguinte ou qual o percurso mais rápido entre duas estações (que com ligações diferentes podem duplicar o numero de estações e ainda assim demorar metade do tempo por ter menos mudanças de linha).
O pior de tudo para mim é quando chego à estação onde quero sair e dou de caras com um cais, setas para lados contrários e direcções como "praça da alegria" ou "rua do salitre".
Ora tirando três anos, eu vivi toda a minha vida aqui, o que dá 30 anos a percorrer a cidade, tenho a sensação que conheço razoavelmente as ruas, sei onde é a rua do salitre, não faço ideia de onde fica a praça da alegria. E isto acontece-me em todos os cais (tirando aqueles em que não conheço nenhuma das ruas).
Custava muito por pontos de referência para o comum-dos-mortais-que-não-decora-o-mapa-toponímico-de-lisboa, tipo "S. Jorge" e "Tivoli"?

Não sei o que o resto das pessoas faz quando está perdida, eu a conduzir perdida vou sempre atrás do carro com mais pinta (claro que já fui parar ao fim do mundo com este esquema brilhante). Eu no cais do metro e extremamente atrasada para uma reunião, sigo o blogger mais bem apessoado que encontro. Ainda dizem que os blogs não servem para nada*.

*bom, o meu não serve mesmo para nada.

(sim, saí no lado certo).


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