ao ver um filme estúpido na televisão lembrei-me que a maior parte das coisas que deixamos de fazer na vida (e que poderiam mudá-la para tão melhor) é por medo.
temos medo de falhar porque o nosso cérebro regista as tentativas de falhanço anteriores e, de cada vez que tentamos fazer algo semelhante ao que originou más experiências no passado, emite um sinal de alerta que nos deixa sem vontadinha nenhuma de voltar a arriscar (o professor damásio explica).
acontece que quanto mais velhos somos, mais sinais de alerta vamos recebendo de dentro do nosso próprio cérebro - porque experienciámos mais coisas (boas e más). é por isso que com a idade vamos arriscando cada vez menos. basicamente compensamos (negativamente) o nosso conhecimento interior alargado com uma menor motivação para mudar.
talvez seja possível reverter um pouco este processo se estivermos constantemente a experimentar coisas novas (acho que este meu raciocínio merecia uma viagem de um ano pelo mundo, era tão bom) mas ele irá sempre acontecer até chegarmos à velhice (em que seremos completamente inflexíveis à mudança).
e vocês, o que fariam se soubessem que não podiam falhar?
12 comments:
Mudava de cidade, só para viver num sítio diferente.
clara, correndo o risco de parecer algo básico (que por vezes sou), parece-me que não divergimos das outras espécies animais pela submissão aos nossos instintos.
somos dotados da capacidade de superar os impulsos que nos retraem. o difícil é a escolha, e com a idade piora porque adquirimos cada vez mais responsabilidades com terceiros.
ainda assim, há sempre margem para um salto para o outro lado do muro sem conhecer a distância até ao chão.
curl up and die é que não.
só estás a ver um dos lados da equação. Ela tem pelo menos dois ;)
mesmo que não chegues ao tesouro, viveste, jogaste o jogo e só isso é suficiente para te transformar para sempre. que o passado não nos tolha. que a falsa sensação de controlo, de segurança, não nos trave no caminho da aventura. Go for it. Bjo
sim, que o passado não nos tolha :)
Cantava em público. :)
Ou fazia teatro.
BeijO
B.
Clara, eu devia era estar calado e não baixar o nível do post...
Mas ocorreu-me de imediato o que faria.
Jogar no euromilhões. Em dia de jackpot.
(e acredita que fazia muitas coisas a seguir) :)
escrevia um livro, ou ia por esse mundo fora, sem pressa e com a família, à procura de outro sítio.
Menino, vou repetir o meu mantra "se o dinheiro desse felicidade a Cristina Onasssis não se tinha suicidado".
Ah, Clara, mas eu não quero dinheiro para comprar felicidade...
Eu felicidade já tenho :)
Metia conversa com a primeira pessoa que encontrasse na rua...
Nuno M
Um filho.
(venho tarde, espero que a tempo)
muito a tempo :)
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