11.30.2007

Do acordar

diariamente e ter que pensar "sou o que sou e não o que faço". Passou apenas um mês, bem sei. Mas quero ser o que sou e o que faço. É pedir muito? Eventualmente. Pura e simplesmente nem vale a pena pedir se for para pedir pouco.

Quando for grande

quero trabalhar na função pública e fazer greve à sexta-feira.
Pronto, também pode ser à segunda, não sou esquisita.

11.29.2007

Almost* famous

Sexta à noite faço o mesmo programa do Pedro, Sábado à noite encontro a Mónica Sintra no meu bar, hoje volto a encontrá-la numa inauguração (ou qualquer coisa que sinceramente não me interessa o que era) da megastore do Benfica (qual era a probabilidade?).
Calma, eu não fui à megastore do Benfica, vi-me forçada a passar por lá para ir ao café que vou sempre a esta hora e neste dia da semana.
Pedro, same time next friday (ou seja, amanhã)? Prometo que se tirar os phones até o cumprimento desta vez (tipo fã histérica e emocionada).

*sendo este almost tão carinhosamente resguardado, acarinhado, completamente incorruptível.

11.28.2007

Real Life Heroes

Isabel Jonet.

O BA tem recolhas em 137 supermercados do país este fim de semana.

O BA vive exclusivamente de doações, dispensando qualquer ajuda ou subsídio do estado. Parece impossível? Não é.

11.27.2007

Repost (para 1000 euros)

A semana passada li o público (de 4ª? de sábado?) e descobri um concurso.
Este blog dá um prémio de 1000 Euros ao melhor post introduzido no concurso. O mais votado por comentadores no blog no dia 30 deste mês, ganha.
Ora eu que nem sou assim pessoa de concursos nem nada (não que ache que tenha assim grandes hipóteses, qualquer babuíno treinado a digitar letras para formar palavras num teclado escreverá posts mais brilhantes do que os meus, mas enfim), cá vai:

"Estás-me debaixo da pele, liquefizeste-te no meu sangue.
Circulas-me por dentro ao ritmo do metabolismo, umas vezes de forma paciente e lenta, outras percorrendo-me as veias a uma velocidade brutal.
Oiço a tua voz no gorgolejar das minhas entranhas, sinto a tua respiração no restolhar das folhas, cheiro-te na toalha depois do banho.
Verdade é que me seria fácil eliminar-te para sempre, mas não gosto do vazio que deixarias, prefiro sentir-me acompanhada.
Só falta agora entrares lá, no núcleo, no centro onde se processam as fantasias. Ainda não me povoas os sonhos nem me preenches os pensamentos.
Melhor será que te apresses a fazê-lo, estou fartinha que seja sempre o outro."

1000 euros

Há temática? Não? Um post qualquer? O melhor post? O post mais lido? Hum...Vou ter que ler todos os posts que publiquei? Vou ter que publicar um post bom? Mas isso é quase uma impossibilidade. Os meus melhores posts não estão neste blog, acho eu.

Se fosse este?

Ou este?

Pronto, já decidi, publico em cima. Paizinhos e pessoas impressionáveis, não (re)leiam por favor.

11.26.2007

Os meus

escritores favoritos Saramago, Garcia Marquez, Luis Sepulveda. O meu arquitecto favorito, Niemeyer. Todos de esquerda. Leio-os e tantas vezes fico ali em conflito com as ideias deles. Se calhar é isso, precisar do conflito interior para poder apreciar qualquer coisa. Algumas das pessoas de quem mais gosto são as que melhor discutem comigo (não é melhor teimam mas sim melhor discutem, aqui implica aceitarmos, a algum ponto da discussão, as ideias ainda que parciais uns dos outros).

Há qualquer coisa

de sexy em mexer no html. Deve ser semelhante à sensação de mexer num motor de um carro ou enfiar as mãos inteiras até aos cotovelos em massa de fazer o pão. É tocar no core da coisa.

11.25.2007

Escrevi aquele post embaixo

sobre o 25 de Novembro (e sinto-o) mas na verdade confesso que tenho um fraquinho pelo PREC.
Vi uma vez um documentário da globo, o melhor que vi sobre o 25 de Abril (possivelmente por ter sido feito por estrangeiros teria uma perspectiva mais imparcial dos acontecimentos). Foi nesse documentário que vi trabalhadores rurais de uma herdade invadirem a casa do proprietário (que já tinha fugido), vestirem-lhe a roupa, sentarem-se nas cadeiras, beberem vinho por copos de cristal (como crianças a quem alguém dá livre trânsito para mexerem em tudo numa loja de brinquedos). Outros que tinham ocupado um campo de ténis para aí fazerem uma creche mas garantindo que os anteriores sócios do clube poderiam aí jogar ténis como sempre tinham feito (o que, estranhamente, não faziam). Redacções de jornais em auto-gestão, onde o caos e as ordens sobrepostas deveriam levar à loucura qualquer jornalista que tentasse escrever alguma coisa.
Acima de tudo foi um período de festa constante e onde os portugueses que se envolveram nesse processo (que foram muitos) se sentiam directamente responsáveis pelo sucesso ou falhanço do seu projecto, coisa tão rara em nós (sim, englobo-me aqui no nós, em algumas coisas sou mesmo tipicamente portuguesa). É claro que se as coisas se tinham mantido assim por muito mais tempo seria o descalabro do país.

Hoje

é 25 de Novembro. O que significa que é o dia em que temos que agradecer a um grupo de portugueses por não termos vivido num regime comunista.
Há quem ache que daria direito a feriado. Eu acho, nenhum feriado pode ser a mais e já há tantos que não fazem sentido.

11.24.2007

Mulheres giras



Helena
.

Não, não acordei assim (infelizmente).

11.23.2007

Não sou só eu, ufa

Também leio um blog (não, não vou dizer qual é) cujos textos dão ponta. E nunca li lá nenhuma referência sexual.

11.22.2007

Na Fox

acho que é, há uma série em que uma rapariga, advogada de divórcios na cidade mais impiedosa do mundo, tem um trabalho por fora como casamenteira. Só por esta sinopse dá para imaginar a qualidade da série, é mesmo má. Dá ao Domingo, parece-me, e acho que já adormeci umas vezes a olhar para aquilo (inevitavelmente as escassas horas que passo a ver televisão adormecem-me, o meu atention spam para a coisa é o de uma criança de 2 anos com hiperactividade).
Bonita, essa profissão, casamenteira. Suponho que nunca tenha sido considerada uma profissão com estatuto próprio, seria mais um "trabalhinho" por fora de alguma vizinha viúva ou coisa assim, não sei bem.
Talvez o fizessem mesmo sem obterem lucro pessoal, pelo gozo de verem casalinhos arranjados, pelo puro prazer de saberem pelas suas mãos tecidas famílias, de lhes nascerem enteados frutos de anos de observação dos outros e de umas quantas trocas de palavras, afinal não lhes dava grande trabalho e seria um entretenimento em tempos de escassez de entretens. Divago já.
Na adolescência eu passei por isso também, sempre gostei de ver as minhas amigas "arranjadas", de facto sabia bem que obtinha apenas prejuízo disso, o tempo que dispunham para mim quando arranjavam namorado passava para quase nulo, mas não sei bem porquê vejo-me hoje em dia a pensar o mesmo, em quem ficaria bem com quem, a prestar conselhos sobre relações, a ter paciência para ouvir as queixas que não ouvem eles.
A lógica deve ser a do "quem não sabe, ensina", não perdoaria a quem me fizesse o mesmo a mim, eu sou a pessoa mais inepta do mundo nestas coisas, sou boa a sabotá-las mas não me peçam mais.
Ontem ao reflectir sobre o assunto imaginei que a psiquiatria explicasse o assunto assumindo que ao projectar o meu desejo nos outros estaria apenas a salvaguardar-me a mim dessas situações.
Evito-as, sim. Não por estar traumatizada com nada. Não por "não querer voltar a passar pelo mesmo". Apenas por nunca ter querido passar por nada disso.
Nessas coisas tenho a aptidão de um gago para a fala. É verdade que com terapia até pode vir a falar correctamente, mas no fundo, nunca deixará de ser gago.
A única maneira de não gaguejar é não falando. Nunca.

11.21.2007

Design



Aqui há uns tempos aconselhei o meu ex marido a comprar, se tínhamos que gastar dinheiro, peças de Design reconhecido. Não só por serem giras mas porque seriam um bom investimento, o dinheiro pago a mais agora seria multiplicado no futuro, devo ter dito qualquer coisa como "O Design é a arte de amanhã" ou uma das minhas tiradas rebuscadas do costume. Foi graças a disparates destes que fiquei sem as minhas cadeiras da sala, a única coisa que ele levou de casa (amostra em cima).

Mas o que no fundo me irrita é que toda a gente sabe que o conceito de "Design" foi o de levar, a quem não podia pagar preços absurdos por peças de mobiliário, peças simples mas esteticamente agradáveis e práticas, com um custo mais reduzido do que as tradicionais (a diferença entre ter artesãos a fazerem as peças ou serem criadas por máquinas). Actualmente "práticas" e "a preços mais acessíveis" só se considerarmos o IKEA e a Area design (e são-no, de facto).

Velha conclusão: que quem mata não são as armas mas as pessoas que primem o gatilho.
Nova conclusão: não macem o Designer, ele tem sempre razão.

11.20.2007

Perturbações mentais

ou demasiado tempo em frente ao Panda. Começo a achar que alguns dos bonecos dos hot wheels acceleracers até têm pinta.

11.19.2007

Há qualquer coisa

de maravilhoso nos insultos que as crianças inventam umas para as outras.
"Não gosto de ti".
"És feia".
"Não gosto das tuas camisolas".
"Vais ser comida por ovelhas".

Comida por ovelhas é deliciosa, a próxima vez que me apetecer insultar alguém, vou usar esta. Ao invés de "Vai-te lixar, "Vais ser comida/o por ovelhas". Muito mais desconcertante.



imagem daqui.

Andamos

na troca de cromos. A idade avançada permite estas criancices de novo, já em versão upgrade da coisa. Ó Susana, o que me dizes de um bombeiro que se retrata em cima dum camião dos bombeiros com aquilo a deitar água por todos os lados e cujo perfil se resume a "aventureiro"? Guardei-o para ti.
O problema dos cromos é que ao fim de um certo número de carteirinhas já só saem é repetidos.

11.17.2007

Mais uma acha

para a fogueira "mas hoje em dia quem é que ainda, no seu estado de consciência perfeito, pensa casar-se?": aparentemente, a lei assume que duas pessoas casadas não têm direito de independência em relação a matérias como a procriação. Não fazia ideia que uma pessoa casada tivesse que pedir autorização ao cônjuge para se poder tornar estéril e, embora moralmente não discorde da lei, não posso admitir que a lei se intrometa em assuntos morais deste calibre.
Tenho a certeza absoluta que esta lei não é aplicada na generalidade das situações, mas o mero facto de o poder ser (e lembro-me agora de um médico que certamente a aplicará), enoja-me.
Dizer que isto é baseado no facto de o casamento ser uma instituição que visa proteger a prole, que sentido faz? A prole no caso ou não existe ou, se existe, não deixa de estar mais ou menos protegida pela lei em causa.
O casamento é um contrato como os outros. Ambas as partes têm deveres e direitos. Digo eu (que tenho esta visão tão romântica do casamento) que a lei pode/deve apenas regulamentar direitos patrimoniais no âmbito de um casamento. Que eficácia tem a lei em regulamentar comportamentos se uma das partes pode alegar que a outra não cumpre quando, em acordo de partes, tinham ambas estabelecido que isso não era dever?
Admiram-se de haver cada menos casamentos. A mim admira-me é como alguém ainda se casa.

Coincidências

Descobrir que um ex-amigo e ex-colega de liceu foi o arquitecto responsável pela concepção das lojas de um outro amigo. As coisas que poderia descobrir se me pusesse a navegar pela net ao invés de estar aqui a ler blogs.

11.15.2007

Querido blog,

uma miúda de 20 anos que não conheço de lado nenhum quer me adicionar no hi5. A miúda é gira. Mesmo gira. O que faço?

¡¿Por qué no te callas?!*

Aqui há uns tempos uma amiga apareceu no Expresso. No sábado disse-lhe "amanhã vou buscá-lo (ao Expresso)", ao que ela me respondeu, naturalmente, "amanhã já não há".
O que não lhe expliquei foi que ia buscá-lo a casa do meu avô porque o meu sistema de leitura das revistas que acompanham os jornais (jornais não consigo ler, têm uma escrita pouco estética e sujam os dedos) é andar a recolhê-los pelas casas por onde passo, especialmente na dos meus pais e avós. Posso justificar-me melhor, na verdade se tenho pouco tempo para ler, esse tempo aplico-o a ler livros e vou sabendo meia dúzia de coisas do estado do mundo pelos blogs e revistas que recolho (é por isso também que estou sempre atrasada a ler os suplementos).
Agora que já fiz figura da pessoa mais inculta da blogosfera, posso dizer que eu (32 anos) ainda me dou ao trabalho de discutir política com o meu avô (89 anos) e que ele não saindo do quarto há mais de um ano ainda me ganha com facilidade (cada vez me enterro mais).
Na verdade quero muito perguntar-lhe o que pensou ele desta declaração do rei Juan Carlos, sei que nutre um especial desprezo pelo personagem, não só por ser um republicano convicto mas principalmente porque o responsabiliza por um acidente de cavalo que levou a minha avó ao hospital durante uma montada (caçada a cavalo) em que participavam. O rei teria uns 9 ou 10 anos na altura.
Talvez já lhe tenha perdoado agora. Ou então ainda o despreza mais (com o meu avô nunca se sabe).

*(ou eu não posso ser a única a não fazer um post sobre isto).

11.14.2007

Há qualquer coisa

num amor platónico que roça a perfeição. Será o mais perto de uma relação perfeita que conseguiremos estar. Algures no tempo já escrevi sobre isto.
Quem diz amor platónico diz não concretizado, falhado, desigual. Esse é o amor que resiste a tudo e que fácil lhe é resistir, não tem que levar com más disposições, com os pés em cima da cadeira e a luta pela posse do comando. Não precisa de mais cuidados do que aqueles que a nossa imaginação lhes presta e é óbvio que ela não se lembra de o pôr a discutir furiosamente nem a ressonar ao nosso lado enquanto tentamos adormecer.
Também eu tive o meu primeiro amor, pelos 16 anos, falhadíssimo, rasgadíssimo, sofridíssimo. Nessa altura tudo era Camiliano para mim, a vida não valia a pena senão carregada de dores que eventualmente seriam anuladas pelos consequentes prazeres numa lógica de compensação contínua.
Assim viveu ele durante alguns anos, perfeitíssimo (pudera), intacto (como poderia não estar), inteiro (impossível de fragmentar).
A esse meu amor reencontrei-o há meia dúzia de dias, por coincidência tem o filho mais velho no colégio o meu filho mais novo. Não está diferente, tornou-se até um homem mais interessante, os anos revestiram-no de alguma profundidade (ou qualquer coisa que não sei descrever). No entanto, no meio da minha lucidez actual, consigo ver tão mas tão bem o desadequados que estaríamos um para o outro. Na verdade não passa de um homem banalmente comum.
E isso é imperdoável nesse reencontro, descobrir a banalidade com a qual até os nossos amores perfeitos estão revestidos.

Zuza,

Eu posso ser franciscana mas não sou estúpida, sei bem como é que adivinhaste. Vocação perdida era para detective, claro, não te vejo nada nas ocultas.
E, imagina, quando escolhi o meu nick não fazia ideia da história das Clarissas. Mais, há uns dois anos que carrego comigo todos os dias, desde que fui com a minha amiga a Compostela e ela ma ofereceu, uma cruz dos franciscanos (que também só descobri que era há pouco tempo). Destino?

11.13.2007

No meio da minha

cobardia prefiro imaginar que estás em silêncio do que dar-me ao trabalho de descobrir que não estás.

É seguro dizer

que há tantas verdades como pessoas no mundo. Nesta linha de pensamento não há é sequer uma verdade por definição, não passamos de mentirosos, e mesmo que queiramos dizer a verdade, mesmo que pensemos estar a dizer a verdade, essa verdade não é mais do que a nossa verdade e mentira para todos os outros.
Por outro lado, há apenas uma verdade absoluta e incontornável, verdade esta que não está ao alcance de ninguém, por ser impossível a alguém sequer olhá-la sem ser com esses olhos retorcidos e sem qualquer ponta de imparcialidade.
A verdade é assim uma coisa pessoal e intransmissível, tipo BI, palavras sem grande sentido ou firmeza e sobre as quais não vale a pena debruçarmo-nos com grande seriedade.
Será verdade isto? Sim, mas para mim apenas.

Nunca pensei vir a escrever um texto tão idiotamente filosófico.

11.12.2007

A

carta de amor mais bem escrita que já li.

11.11.2007

Da estética da escrita

Não sei porque me surpreendi quando o Pitx disse que gostava do meu blog pela estética da coisa. No fundo faço muitas vezes isso, privilegio a forma em detrimento do conteúdo. Muitas das coisas que leio não têm para mim especial interesse a não ser pela forma como estão escritas. Por exemplo, dificilmente leria isto se não fosse pela imaginação deliciosamente retorcida com que o Adolfo reveste os posts. Já o contrário me obriga a enormes esforços, prestar atenção a assuntos que até me interessam quando se apresentam sob formas entediantes.
Como escrevemos poderá dizer mais sobre nós do aquilo que escrevemos.
Eu, por exemplo, chego aqui e despejo qualquer coisa sem pensar muito nisso, as palavras saem-me pouco ensaiadas dos dedos, como que disparadas. Nunca escrevo posts muito longos porque me irrita rodear as questões, é perda de tempo e tenho sempre pouco tempo, mesmo que não tenha nada que fazer ando a correr e tenho sempre a impressão que tenho que me despachar. Sim, sou impaciente, impulsiva, embirrante (esta só às vezes, mas ainda assim vezes demais). Tenho a certeza que a minha escrita não o esconde.
Posto isto, aconselho vivamente este blog. Que coisa pode ser mais interessante do que os segredos dos outros? O meu (que nem é segredo para algumas pessoas que me conhecem) só não está lá porque...ou estará?

11.10.2007

Sítios giros



uma biblioteca conceptual.

(tirado do Daniel, claro).

Típico

Deitar-me no sofá a ler Faulkner com o "Rei Leão" como música de fundo [clara em modo sou tão culta não sou?]. Adormecer antes do primeiro parágrafo [clara em modo mas chega a 6ª feira e estou cansada como o raio].

11.09.2007

Estava a pensar

em voltar ao primeiro template do blog, o das flores pretas com fundo cinzento, mas depois de alguém me dizer que gosta de o que eu escrevo por causa deste template, desisti.

11.08.2007

Ah, portanto

Se eu disser aos meus filhos que eles estão aos berros, estou-me a auto-denominar "uma cabra". A ver se tenho mais cuidado com as coisas que digo.

Não que eu ache que precisem de avisos

afinal, os homens que têm o extremo bom gosto de ler o meu blog, certamente não precisam de ser recordados de certas coisas. Tenho a certeza que só usam fatos Armani (quando tem mesmo de ser) e roupa desportiva em todas as outras ocasiões, de preferência da que não tem símbolos à vista.
Ainda assim tenho que exprimir em algum lado o meu profundo desagrado por pormenores que, quando descurados, são mesmo um major turn off (lamento mas não existe expressão equivalente em português) para as mulheres (para as que valem a pena) e aqui é um sítio tão bom como outro: unhas compridas (não cortadas rente), meias brancas ou de qualquer cor clara e, o topo dos topos, pulseirinhas de ouro.

Ainda me transformam a criança

num benfiquista. Hoje, preparada para entrar pelo relvado da Luz adentro para mostrar ao miúdo o que é um estádio de futebol e fui impedida por um segurança porque "o tratador está a treinar a águia e se entram pessoas podem assustá-la" (sic). Ora estas coisas impressionam rapazes de 3 anos. Não estou em crer que treinem leões no estádio de Alvalade.

11.07.2007

Levanto-me da cadeira

satisfeita por já ter lavado a loiça e descubro que a mesa tinha ficado só meia levantada.

Estou tão cansada.

No computador tenho o trabalho que nunca mais acaba e todos os dias me leva horas de sono.

Estou tão cansada.

Passei mais horas no trânsito do que a ouvir as muitas coisas que os meus filhos tinham para me contar.

Estou tão cansada.

Tenho a roupa meio tirada da máquina.

Estou demasiado cansada.

No meio disto tudo lembrei-me da tua voz. Agora que mesmo quando falo em ti é já com a certeza de não te lembrar. Ah mas é verdade. Prometi a mim própria que não te iria esquecer e até essas promessas gosto de cumprir.

Estou cansadíssima, já tinha dito?

Muitas vezes

a ana escreve aquilo que eu quero dizer e não tenho coragem. E com melhor escrita também.
(Este seria o meu momento "why bother" mas na verdade se desisto de fazer seja o que for por haver quem faça melhor, daqui a pouco não posso fazer nada).

11.06.2007

"Quem era?"

ela, na idade das perguntas a ter que saber tudo, tudo, tudo (a desilusão que deve ser descobrir a prosaicidade que reveste todas as respostas).

-Oh, que homem liga à mãe todos os dias sem falta e às vezes várias vezes ao dia?
-O chefe da mãe?
-Quase, o meu cliente, sim, é uma espécie de chefe.

Ter um amigo

gay é do melhor. Os gays são em geral (passe-se a tipificação da coisa) mais divertidos, cultos, com bom gosto, paciência para conversas sobre acessórios, (os que cozinham) cozinham lindamente, conhecem sempre os melhores sítios para ir e, a cereja no topo do bolo, não ligam a futebol.
Mas na hora de escolher um vinho, a sério, peçam a um heterossexual.

Olha outro

a Dora escreve mesmo bem, o único defeito dela é ser tão afincadamente nortenha. E é tão bom, Dora, quando lemos um livro que nos faz ver a realidade distorcida à medida dele, faz-me ter (ainda mais) saudades de ter tempo para ler.

Ah calma

(a minha precipitação do costume), afinal há mesmo um texto para lincar.

O meu também.

Ah mas que chato

não me apetece lincar nada, não tenho inspiração para escrever. Vou ali dormir um bocadinho e já volto (era bom era).

11.05.2007

Com comments de novo

à experiência. E sim, o meu blog é tão esquizofrénico como eu.

11.04.2007

Se pudesse



escolher o sítio onde queria viver, seria certamente aqui.
Está localizado no melhor sítio de Lisboa, muitíssimo bem decorado, tem os empregados mais simpáticos que já conheci e a esplanada mais bonita que existe.

11.03.2007

Ui

já cá tenho o desafio desde Setembro...(peço desculpa, não sou fã do technocrati):

"A fogueira junto do terraço parecia apagada, ou, pelo menos, não lançava fumo."

William Golding, O Deus das Moscas.

Não é grande coisa, a frase, foi o que se pôde arranjar cumprindo escrupulosamente as regras:
Pegar no livro mais próximo,abri-lo na página 161,procurar a quinta frase completa, transcrever a referida frase no blog, não vale escolher a melhor frase nem o melhor livro (usar obrigatoriamente o mais próximo),passar o desafio a cinco pessoas.

Vou passar à minha Catzinha (que provavelmente não me vai ligar nenhuma), à querida Xana (ainda não fizeste, pois não?), ao (a ver se escrevinhas qualquer coisa), ao Tozinho (achavas que te safavas?), à minha amiga M.
As mulheres só mentem quando vão a jogo. Querem ganhar e mostrar a mão ao adversário não é opção.

11.02.2007

Não ter comentários é cobardia?

(é uma auto-pergunta).

O mundo quê?

as pessoas responsáveis pelos nomes dos programas da Sic Mulher ou têm um sentido de humor muito à frente ou são as mesmas que traduzem os títulos dos filmes americanos para português. Descobri hoje que há um programa chamado "O mundo das mulheres". Como se não bastasse a qualidade mais abaixo de cão que existe nas produções próprias do canal ainda dão nomes destes às coisas. E esperam o quê, milagres?

Um bocado nojento

No meu frigorífico tenho certamente mais fungos que a minha prima no laboratório. Alguns deles arrisco-me a dizer que estão a perder os pseudopedes e começam a ganhar meios de locomoção próprios. É deixá-los lá à larga, mais dia menos dia o frigorífico começa a entrar em auto-gestão.

11.01.2007

Portugal é um país de brandos costumes

e só assim se explica que o Pedro Arroja não só esteja vivo como escreva num blog.
Vivo também é maneira de dizer, acredito mesmo que ele seja uma personagem de ficção criada por algum blogger com um sentido de humor a puxar para o negro. E se assim é, ainda bem que o faz, os seus posts dão origem aos hate-comments mais inspirados que já li, superiores mesmo aos que a Professora Patrícia suscitou com aquele post anti-sodomia.

Miguel Sousa Tavares

Por alguma razão que desconheço, o MST é um moinho de vento dos Quixotes intelectuais blogosféricos portugueses.
Detestam o MST, acusam-no de plágio, de falta de estilo, de falta de originalidade.
Rebuscadamente conseguem comparações com autores "maiores", sabe-se lá à custa de que interpretações.
Ora eu, que não sou nenhuma intelectualoíde (nem gosto do Vian), nem crítica literária, nem nada demais a não ser uma leitora muito chatinha que até lê Saramago, li o Equador e até gostei. A parte do suspense barato do fim dispensava, era demasiado óbvio (se calhar pelas tardes inteiras que passei fechada na dispensa, na adolescência, a ler a colecção Vampiro inteira) mas de resto até achei bastante bem escrito, sem demasiadas pretensões.
Acima de tudo gosto do estilo do MST, faz o que quer, nasceu num meio intelectual mas resolveu escrever como lhe apetece, é honesto, vive bem, caça, diz o que lhe passa pela cabeça, sem grandes dramas existênciais. Numa recente entrevista li que quando lhe disseram que o Vasco Pulido Valente tinha desfeito o seu livro sem sequer se dar ao trabalho de o ler, a sua reacção foi virar-se para ele e dizer-lhe "olha lá, vai ler o livro, Vasco". É de homem.

pessoas com extremo bom gosto