12.22.2006

Para todas as pessoas que me desejaram

boas festas e às quais não respondi nem retribui (a ninguém, para ser democrática): não é que não as deseje, é mais não ter pachorra para a época.

Por isso, aqui fica: Um excelente Natal e um maravilhoso Ano Novo (originalíssima mensagem).

E o meu especial agradecimento às duas pessoas que me mandaram umas deliciosas mensagens, uma "Boa Páscoa" e a outra dos Leões.

12.21.2006

Dupla personalidade

O meu segundo eu agora escreve aqui. É a Tess.

12.19.2006

Eu sei que já escrevi

aqui que a minha vida parece um emaranhado de nós. Mas quando achamos estas coisas, pensamos na forma de os desembaraçar. E há alturas em que parece mesmo que sim, que a coisa se vai compor e que de alguma maneira a vida vai ser de novo um novelo, ainda que com alguns nós, claro, não acho que hajam para aí muitos novelos sem nós, vidas a correrem plenas de tudo sem complicações, entediantes de tão lisas.
Mas a verdade é que não. Há dias em que não mesmo, em que tudo parece apenas um enorme e gigante nó sem volta a dar-lhe, em que por muitas tesouras que tenhamos para os cortar não pode ser, que podemos fazer se nada somos a não ser esse gigantesco nó sem volta a dar-lhe, se cortar nada resolveria a não ser uma sangria desatada.

12.14.2006

7 anos

Há designação para esta idade? Nem "terrible two", nem "idade da gaveta", nem "pré-adolescência"...
Não há? Então deve ser a idade "discuto todos os dias com a minha mãe por causa do Messenger e deixo-lhe recadinhos carinhosos tipo És a pior pessoa do mundo".

12.13.2006

Sem grande assunto

remeto-me à grande Cat e confirmo: viva o Caneco!

12.11.2006

A minha miuda

às vezes parece que cresce fora do meu olhar. É com ela que partilho as conquistas do irmão, sempre foi.
Acorda-me em dias de escola com beijinhos e festinhas.
Abraça-me do nada, diz-me coisas queridas. Do nada.
Aceitou suavemente ir comigo para casa, se pudermos, mesmo sabendo que vai perder quase todo o seu mundo.
Num mês cresceu anos.
(E noutras coisas ainda é uma miuda muito imatura faz birras para ajudar, para sair do messenger e não consegue estar com o irmão sem lutas e discussões).

12.10.2006

Continuo sem saber se é normal

e sem me importar grande coisa com isso.
O meu puto deve ser o único da idade dele a chamar oxigénio ao papel higiénico. Pois, a saga do "Corpo humano" continua e está para durar. Entretanto vou aprendendo umas coisas sobre o fígado, rins e afins. Por exemplo, que a reabsorção do sangue purificado se dá na zona da ansa de Henle. O jeitaço que isto me vai dar daqui a uns anos, nas conversas do lar da 3ª idade.

12.07.2006

Não se passa nada

É só falta de paciencia/tempo para escrever. Ou de assunto, mesmo.

11.29.2006

Por agora

suspendo-me para não me acabar.

(e acabo-me na mesma)

Eu hoje acordei assim



"[...]A toca continuou a direito como um túnel, e de repente afundou-se, tão de repente que a menina nem teve tempo de relectir e parar antes de dar consigo a descer o que lhe parecia ser um poço muito fundo.
Das duas uma: ou o poço era realmente muito fundo, ou ela estava a cair muito devagar, pois enquanto descia teve tempo de sobra para olhar em redor, e interogar-se sobre o que iria acontecer a seguir. Primeiro tentou olhar para baixo e perceber onde ia chegar, mas estava demasiado escuro para ver fosse o que fosse[...]. A descer, a descer sempre a descer. Será que a queda nunca mais acabava?[...]"

Impressionante como o Lewis Carrol conseguiu descrever o meu estado de espírito.
Mas também pode ser só a ressaca da table dance de ontem.

11.27.2006

Peso

Hoje sinto-me pesada.
Pesa-me o dia, o ar, a cabeça.
Sonho em tornar-me leve, primeiro levitar e pairar no ar um pouco a observar, depois esvoaçar. Imagino que voar seja como nadar mas com menos atrito, uma sensação de liberdade esmagadora.
Hoje quero voar como se fosse um avatar da second life, entrar na atmosfera sem sentir a gravidade nos pés, as amarras nos pulsos.
Vou ter com a minha amiga a África.
Vou mergulhar com os tubarões em Bora-bora.
Vou voltar para a minha casa.

11.23.2006

Não deixava de ser uma grande ironia, pensava ele agora estendido na escuridão.
Que ele, que toda a vida tinha fugido da solidão acolhendo-se sempre no meio de multidões, ainda que para tal tivesse que suportar (a custo) os gritos estridentes das crianças mal educadas do centro comercial aos domingos.
Que agora estivesse ele aqui estendido sozinho, não sabendo bem por quanto tempo, supondo que fosse para sempre, deitado e sem conseguir mexer nenhuma parte do corpo mas com o cérebro estranhamente lúcido e activo.
Sentia os bichos a entrarem e sairem lentamente dos buracos do corpo, das entranhas. Não lhe causavam dor nem incomodas comichões (pois se as extremidades nervosas estavam mortas como o resto do seu corpo, como poderia sentir dor?), e no entanto sabia-os lá, "o caruncho" como lhes chamou, sendo que no caso a madeira era ele.
Tentava agora calcular quanto tempo demoraria até a carne desaparecer, depois os ossos, até ser pó, e se nessa altura (em que o cérebro estaria literalmente desfeito, transformado em energia orgânica) ainda teria pensamentos.
Lembrava-se ainda de pessoas que acreditavam em alma, em vida após a morte e em como ele, o céptico do costume, se tinha rido dessas ideias.
Pensava nisto do interior do caixão e também em se tudo aquilo não passava de um sonho. Apenas para concluir que, sonho ou não, essa era agora a realidade dele, a que tinha que viver e não seria por se descobrir num sonho que esta lhe custava menos.
Odiava a solidão e interrogou-se porquê.
Este homem achava as interrogações (sobretudo as interrogações interiores) uma pura perda de tempo. Mas tempo era tudo o que ele tinha agora e por isso podia interrogar-se.
Odiava a solidão talvez porque odiava ouvir-se, ter os pensamentos a ecoarem na cabeça de um lado para o outro como uma bola ténis a meio de um jogo. Era isso, não gostava de se ouvir. A conclusão desconcertou-o, toda a vida tinha achado que tinha um nível de auto-estima muito bom, acima da maioria com quem se cruzava.
Afinal descobria-se no meio de um sonho de morte, ou da sua morte mesmo.
O homem pensou em como isso era extremamente injusto porque depois morto de nada lhe servia descobrir-se.

11.22.2006

Não conta para nada

mas ainda assim faço a minha votação pessoal (e intransmissível):

Melhor blog/blogger masculino:este aqui.
Melhor blog/blogger feminino (já cá escrevi mas escrevo de novo):esta senhora.

E se

aos 30 meses a criança souber descrever a fagocitose?
É falta de escola, claro.

11.21.2006

Foi desde essa noite

Em que ele lhe perguntou se as estrelas não seriam olhos de monstros, espreitando-os.
Há frases, perguntas assim, que nos entram pela cabeça e parecem não querer sair mais.
Desde aí resguardava-se de noite, fechando as persianas para que os olhos não a espreitassem a lingerie quando se despia, trancando-se no quarto interior para que não lhe perscutassem os pensamentos mais ou menos impuros quando eles surgiam.
Porquê de noite e não de dia isso não sabia explicar, pois certo era que de dia as estrelas continuavam lá embora não visíveis, a maior de todas ofuscando-as sem dó nem piedade. Pois de dia pouco se importava em se exibir em frente às janelas, sabendo que os vizinhos a podiam ver perfeitamente, era o jogo, eles que espreitassem à vontade, era apenas o que podiam fazer.

Depois de ter perdido

uma preciosa hora de sono a tentar formatar o meu avatar (completo insucesso com a máscara de capuchinho vermelho), estou pronta para mandar aquela coisa às urtigas. Aquele edit demora horas e está cheio de bugs (desculpa lá, Cat, mas é verdade).

11.17.2006

Eu

vejo nos gestos e formas de falar da minha filha como sou dura e impaciente com eles (as minhas amigas dizem que ela é uma fotocópia minha, não fisicamente mas nas atitudes). Eu tenho bem presente na minha cabeça que tipo de mãe gostava de ser (por incrível que pareça eu já a conheci, ela existe).
Eu não chego lá.

11.16.2006

Aquele ultimo post,

olho para ele e quase não o consigo ler. Está uma espécie de Saramago (não na qualidade, na salgalhada) porque não o revisionei. Foi de propósito, escrevi-o e lancei-o. Reli-o no blog e pensei "não tem legibilidade nenhuma". Deve ser mais ou menos assim que o Saramago se sente quando acaba de escrever um livro (e eu adoro o Saramago).

De manhã

Num desses amanheceres que parece vir enrolado em discussões e em birras. Depois da birra para comer papa(não quero papa, mas não é papa é ranho de marciano constipado, não quero papa, mas não é papa é vomitado da Veneta de Vénus, estratégias que aprendemos a ver bons desenhos animados). Depois da birra para vestir o casaco. Depois de mais de meia hora enfiados no trânsito, sozinho atrás no carro, os dedos enrodilhados: "Esse é o meu lugar!Não, é meu! É meu! Meu! Dedos não iscutam!".

11.15.2006

Estratégias de marketing

Quem terá sido o génio que achou que dois rapazes colocados cada um de um dos lados da estrada com bandeiras gigantes encarnadas convencia alguém a ir a um certo Centro Comercial?

Mas

uma mãe tem que ser paciente. Eu não sou. Sobretudo não com xixis nas cuecas depois de 6 meses de treino. Não com birras. Não quando lutam os dois a toda a hora. Não com gritos e guinchos.
Há dias em que não me apetece nada ser mãe. Ser pai é definitivamente mais fácil.

Correcção: ser o pai que não fica com a custódia é definitivamente mais fácil.

Não sei se é normal

Há muito que deixei de me preocupar com normalidades. Aos 30 meses (feitos ontem, lembro-me agora) adora esta colecção. Comecei por comprá-la para a irmã, e porque eu gostava muito da série em criança. Ela não lhe liga nenhuma, nem se dá ao trabalho de abrir os livros quando os compro, e é ele quem devora os vídeos, que faz birra todas as noites porque a história antes de deitar tem de ser do "côpo humano", que vai invariávelmente buscar um dos livros da colecção quando eu me ofereço para lhe contar uma história.
É ele quem fica sossegado a ouvir coisas como "Os músculos são formados por um grande número de fibras musculares, agrupadas em feixes primários envolvidos por uma espécie de baínha. Por sua vez, estes feixes primários unem-se e formam os chamados feixes secundários que, reagrupados, compõem a totalidade do músculo que é rodeado por uma membrana de tecido conjuntivo brilhante chamada permísio, cujos prolongamentos são os tendões que unem os músculos aos ossos".
Qualquer dia passa-lhe, esta mania (que ele funciona muito assim, por manias).

11.14.2006

Mudei o template

nota-se muito?

11.13.2006

A minha vida

que algures no tempo já foi como um novelo de lã que se ía desenrolando, não passa agora de um amontoado de nós que se embaraçam uns nos outros.

11.10.2006

Ai, estou a gostar

deste Outono em que posso ir à praia quase todos os dias.

11.08.2006

A propósito de comments e assim

Também me faz uma certa confusão, isso.
Já cá ando há 2 anos (na blogosfera) e nunca cacei visitas nem número de comentários. É verdade que tenho sitemeter mas raramente olho para aquilo, dou-me muito mal com o layout e mal consigo ler os dados.
Até entendo bem que haja quem de facto tenha outras atitudes com visitas, comentários, quantidades e assim. Cada um recolhe autoestima como quer, ou como pode, a mim passa-me de largo.
É portanto excusado comentarem no meu blog por reprocidade (porque comentei no deles), por publicidade (porque querem que eu vá comentar no deles) ou seja porque razão for que fuja àquela para a qual a caixa de comentários existe: para se comentar porque apetece ou porque há qualquer coisa a dizer.

E depois desta conversa toda que soa um bocado a "esta tem a mania que é boa mas anda cá à cata de atenção como os outros (da blogosfera, atente-se)", confesso uma coisa: há blogs que leio, que admiro, e nunca lá comento (a maioria porque nem são comentáveis) porque não me sinto à altura dos autores.

11.07.2006

Não sei se é por ser meu filho

Aliás sei, chega de falsas modéstias, espertíssimo o miúdo, sai à mãe.

A colar autocolantes dos "Cars":
-Este é mau.
-Como é que sabes que é mau?
-Puque tem olhos zangados.

-Mãe, encontei-lo, o jogo do sonic!
-Sim, a mãe trouxe-o ontem do carro.
-Touxeste-lo? Mãe, és fantástica!

11.03.2006

Às vezes penso que vai ser sempre assim

O dia todo com os nervos à flor da pele. O barulho do pião a cair no chão todo o dia, todos os dias. Os gritos, pulos, barulho do pião que se desmancha e de todas as coisas que atira para o chão.
A casa por arrumar todo o dia, todos os dias, tanta e tanta coisa para apanhar do chão.
As birras para sair de casa (e para entrar, e para todas as outras coisas).
Ela que começa a falar quando entra no carro e só se cala a dormir (nem sempre), um fluxo ininterrupto de palavras, impossível de acompanhar.
As noites interrompidas pelos dois, a enfiarem-se na minha cama à vez. As manhãs a começarem uma hora mais cedo porque ninguém consegue dormir (uns em cima dos outros).
48 horas de fim de semana que se resumem a 4 de descanso. Uma luxação no ombro, ou lá o que é, que dá dores horrorosas a mexer o braço (direito, claro).
Um exame para fazer até dia 24 (como?).
O dia todo a ouvir mãe, mãe , mãe, choramigos junto com o barulho do pião a cair no chão, os nervos à flor da pele.
Cansaço, falta de ar, falta de espaço, falta de paciência. Falta de mim.
Não vai ser sempre assim, pois não?

11.02.2006

Upgrade

Com a mudança de estado civil, o dobro do espaço para guardar a roupa.

11.01.2006

Halloween



Como já vem sendo tradição desde há 2 anos para cá, lá foi ela mascarada de bruxa (bruxa de minisaia, o fato foi máscara quando tinha 2 anos e nessa altura chegava-lhe aos pés) com amigas do prédio pedir doces.

O resultado: um bebé e uma mãe cheios de sono que quase à meia noite tiveram que subir a casa da vizinha para que uma menina viesse para casa (recusava-se a descer enquanto o espólio, que incluía um chocolate de cozinha, não fosse dividido).

10.31.2006

Escorço

No meu 2º ou 3º ano de faculdade, na aula de desenho fizemos nus. Lembro-me do professor estar a falar do escorço*, de como esta é a posição mais difícil de desenhar. Porque o olho vê algo que o cérebro percepciona de forma diferente. Ou seja, se um pé estiver de frente e apenas conseguirmos ver uma ínfima parte da perna, ainda assim sabemos que a perna tem um certo cumprimento, logo a nossa pecepção visual é de uma perna de tamanho normal (e não daquela ínfima parte). É por isso que se torna difícil de desenhar: porque temos que ver só com os olhos, sem interferência do cérebro.

Isto aplica-se ao desenho, mas a verdade é a que tantas e tantas coisas se podia aplicar. Quantas vezes não obliteramos a realidade, enganados pelas nossas noções pré-formatadas, pelas nossas hormonas, pelo nosso cérebro, por nós próprios?
É o escorço, é o que é.


*arte de representar os objectos em proporções menores que a realidade; efeito de perspectiva, segundo a qual os objectos, vistos de frente, apresentam dimensões reduzidas ; (do priberam.)

10.30.2006

Cada vez mais

tenho dificuldade em encontrar roupa que me sirva.
Não fui eu que encolhi, os tamanhos é que alargaram tanto que o 34 me fica grande. O que vale é que na secção de criança da Zara a roupa é tudo menos infantil.

(post a compensar ali o "fora de forma" em baixo).

10.28.2006

No meio

da composição de 15 linhas no mínimo sujeita ao tema "o que eu quero ser quando for grande", aparece uma frase no minímo curiosa:

"[...]Quando eu fôr adulta vou sair à noite, vou a discotecas como a minha mãe vai com as amigas dela.[...]"

Bonita impressão para passar à professora...

Estou tão fora de forma

que o mais pequeno apanha-me a fazer uns abdominais e grita:

- Mãe, pára de fazer ginástica!
- Porquê?
- Puque morres!

(parei logo com aquilo, claro, não fosse dar-se o caso da criança até ter razão).

10.26.2006

Primeiro dia

do segundo ano catequese, confusão de pais, crianças, catequistas e paroquianas (naquela paróquia fazem catequese mais de 200 miúdos).

Pelos corredores, conversas soltas:

"- Ai fica com a C. A.? É a filha da Zezinha e do António?" (para a criança):"Olhe, vai ficar com uma catequista muito querida!!!!"

"- Não, na quinta não pode mesmo ser, é que o meu marido é MÉDICO e faz urgências à 5ª feira, por isso não dá mesmo jeito:"

Tudo dito em tom muito alto e afectado, não vá a "Tia C." (directora dos catequistas) estar a ouvir.

E na missa das crianças da catequese dobram a lingua 5 vezes para não chamar "tio" ao frade que dá a missa.

Esta gente leva à letra o sermão de Jesus que reza: "Bem-aventurados os pobres de espírito pois deles será o Reino do Ceús."

10.25.2006

No meio dos pontapés,

sustos, "ruáaaa, eu sou uma coba má", arranhadelas, agarrado ao meu pescoço antes de ir fazer a sesta:

- Gotas de abacinhos, mãe?

(gosto tanto, tanto, meu querido).

10.20.2006

Menos uma preocupação




Os exemplos pouco dignificantes não a convecem minimamente. Rapou-lhes o cabelo todo porque, pura e simplesmente, não gosta dessas bonecas pirosas.

Gosta de outras, claro.

10.17.2006

Supie

Conto-lhe coisas de quando era bebé, ainda é bebé mesmo não usando fralda, dorme na cama de grades e usa chucha e ó-ó para adormecer. Conto-lhe de como quando era um bebé pequenino cabia todo inteirinho no meu colo e adormecia a beber o leitinho, isto porque quer subir para a cadeira do carro sozinho (e sobe).
Então (estava-se mesmo a ver) do alto do seus 29 meses declara-me que já não é bebé, é "gande e vai ser o supie homem", que quer dizer o Super-homem e eu digo que é mas é o homem-sopa, o supie-homem, e rimos muito os dois.

E agora interrogo-me se devo mostrar-lhe este filme, para que apreenda as realidades da vida desde já, que melhor do que ser supie é mas é ter dinheiro.



Descradamente roubado ao Arrastão.

10.15.2006

Na cidade



"The most exciting, challenging and significant relationship of all is the one you have with yourself. And if you find someone to love the you you love, well, that's just fabulous."

10.13.2006

A Mãe Galinha abriu uma loja nova, muito gira. Vão espreitar aqui.

descartável/não descartável

Na roupa prefiro a quantidade (descartável). Nas pessoas prefiro a qualidade (não descartável).

Ainda o raio do cromossoma

De que vale não ter brinquedos bélicos em casa se uma colher de pau é "uma eshpada, tchá, vou matá-te!" (já para não falar de todos os paus e pedras que encontra na rua).

10.10.2006

Lista de palavrões da criança mais nova

  1. Poça!
  2. Porra!
  3. Foga!
  4. Caaças!
  5. Chiça penico!

(e o dia todo a dizer, "não se diz isso, diz-se antes bolas" mas já sem saber muito bem o que é que é pior).

Não gosto

De fotografias sem pessoas.

Às vezes

(muitas vezes) apetecia-me o silêncio prolongado.

10.09.2006

Ai se eu aqui escrevesse o que me apetece

Levava com uma flag de tamanho gigante.

10.06.2006

Pensar em grande aos 28 meses

- Mãe, eu vou sê gande e fote. Quando eu sê gande, eu vou conseguí voade!

10.03.2006

Annus Horribilis

O ano começa e comemos passas. Não entendo bem esta tradição e nem gosto de passas, mas como-as naquele dia por superstição, não vá o diabo tecê-las.
Nessas passas vão, uma a uma, as nossas expectativas para aquele ano (saúde, saúde para os miúdos, um emprego), já disse que não gosto de passas e só as como naquele dia por superstição, não vá o diabo tecê-las?

O ano começa e temos dentro de nós uma série de resoluções, ou vão elas aparecendo ao longo desse ano, podemos não saber muito bem quais são mas sabemos certamente quais não são.

O ano ainda mal começou e já se foi um projecto, um projecto vital (vital de vida). Recuperamos como podemos, temos outros projectos, pois claro.

O ano ainda vai a meio e descobrimos que alguém em quem confiámos nos traíu de todas as formas possíveis de trair alguém, afinal nessas 12 passas deixámos muita coisa de fora (saúde para o resto da família, que acabem todas as guerras) e mesmo das que pusemos dentro nem todas foram cumpridas (ou culpa nossa, esquecemos o que não comecem novas guerras).

Ainda falta para o ano acabar e já só lhe vemos o fim, duvidando mesmo de que o fim seja o princípio de algo ou apenas a continuação disto tudo, afinal o que é um ano, um mês, senão conceitos que não podem ser pensados em absoluto, quantas vezes um ano leva dentro de si mais de dez, quantas vezes passa num dia só.

Dentro desse ano, porém, nem tudo foi mau, alguns dos pedidos das passas foram mesmo atendidos e, se fomos dessas pequenas árvores que balançam à miníma rajada, descobrimos ter tutores (o nome das estacas que seguram a árvore ao chão) em quem nos apoiarmos durante o difícil percurso.

À F., S.F., S.M., R.N., R.T.S. e M., muito obrigada por estarem lá, sempre.

10.02.2006

Esgotadas todas as teorias

Agora a nova é: querem magoar-se um ao outro? Pois esgatanhem-se até ao fim do mundo e não quero queixinhas.
(umas nódoas negras, arranhões, puxões de cabelo e palmadas depois acabam agarrados a pedir desculpa e aos beijinhos. Basicamente chegam ao mesmo resultado, demoram é um bocado mais).

Dúvidas existenciais

Leram-me na palma da mão que não passo dos 50. E agora, deixo de usar antirugas?

Reduzo-me à minha insignificância

Todas as minhas fotografias (digitais) cabem em apenas 2 cds.

10.01.2006

Do espanto

Os meus filhos têm uma força interior que eu não imaginava.

9.28.2006

A pergunta que se impõe é:

Se eu fosse tão politicamente correcta como os pais do Ruca, seriam os meus filhos tão politicamente correctos como o Ruca e a irmanzinha?

9.22.2006

Momentos há


após anos de discussões, recriminações, desilusões, agressões, ilusões, reconciliações, exaustões, novas desilusões. Momentos há dizia eu, em que tudo finalmente explode ou implode (isso já depende de quem olha para a coisa) ou então é assim uma espécie de explosão/implosão combinadas, deitando detritos por todo o lado, causando inevitavelmente danos colaterais, malogradas que foram todas as tentativas de os evitar.
Não fica nada a não ser esse terreno, finalmente limpo, finalmente plano, a não ser umas poeirazinhas irritantes que (com paciência e tempo) havemos de varrer.

Sigamos para bingo, portanto.

9.21.2006

Não sei se ando optimista


ou só com vontade de me enganar. Ainda não tirei o guarda sol (e hoje quase o abri para nos proteger da chuva) nem as mochilas da praia do porta bagagens e combinei mesmo praia para o fim de semana.

9.19.2006

Hoje acordei assim



Mesmo mal dispostinha.

Post sem interesse

Cada vez oiço pior do ouvido furado. Mas não suficientemente mal para não ouvir os (muitos) gritos e brigas dos miúdos.

9.18.2006

Neste nosso pequeno país

onde falta tanta coisa mas sobretudo auto-confiança, onde estamos habituados a venerar, copiar e adoptar tudo o que venha de fora, especialmente se vier dum desses países mais "civilizados". Aqui onde mimetizamos o vizinho, não suportamos a inveja que temos do carro dele, do número de filhos e do emprego. Aqui onde todos exemplos são bons (mesmo os maus) desde que venham do alto (à semelhança do irmão pequeno que imita o mais velho para ver se cresce mais depressa), as revistas cor de rosa têm fotos propositadamente desfocadas para fingir que foram tiradas com uma enorme objectiva de paparazzi. E sim, as pessoas aparecem porque querem.

9.16.2006

28 meses

and counting. E eu ainda acho que um dia destes ele começa a dormir noites seguidas. Tudo estaria bem se eu depois não demorasse 1 hora ou mais para voltar a adormecer.

Esta noite

ou melhor, esta manhã, sonhei que morria. Uma morte abrupta, estúpida e sem sentido. Ainda assim, impressionante.

9.15.2006

Impossibilidades

Dentro do Porto fazer o mesmo percurso para ir e voltar a algum lugar. Irra que esta gente já nasceu com o complicómetro incorporado.

9.14.2006

Ainda a propósito

disto. Desgosto mesmo daqueles que tentam convencer a blogosfera da superioridade da(s) sua(s) criancinha(s). Pura perda de tempo, para mim os meus serão sempre os melhores do mundo (em tudo). E espero o mesmo dos outros pais.

A pessoa sabe, claro

já passou por isto uma série de vezes (não vou dizer quantas) e sabe que o Verão, assim como começa, acaba um dia (pausa para a lagrima cair).
Já no Algarve se despediu do mar com a saudade de quem não o vai sentir na pele durante mais uns nove meses (ai), já interiorizou que a temperatura desceu e não deve voltar a subir (chuif), já pensou em sacar a roupa de Inverno e tirou mantas para as camas (as mais leves, por enquanto).
Mas é quando eles, os homens das castanhas, começam a aparecer no meio de um misterioso fumo branco que a coisa se torna oficial: o Verão acabou.
Hoje vi dois.

Não há como ter um típano furado

por uma otite para descobrir um mundo novo de sons (horripilantes, estridentes, ecoantes).

9.12.2006

Da série "Estou tramada, já não me bastava ela ser gira, ainda tem pinta"

Aos 7 anos corta os pés a uns collants de mousse fuschia para vestir como perneiras por baixo duma mini-saia cor-de-rosa.

Se já no aldeamento tinha grupo de fans que vinham gritar o nome dela para o nosso jardim nem quero imaginar no futuro, quando tiver idade para essas coisas.

Eu ex-babyblogger me confesso

Não gosto de babyblogs. Gosto de 2 ou 3 motherblogs e gosto muito, muito de um mother-babyblog, talvez até mais pela forma do que pelo conteúdo.
Adoro e admiro (e pronto, invejo mesmo) a escrita da Cat.

9.11.2006

Da série "Ai quem me dera ter agora 7 anos"

Duas miúdas de 7 anos estão sideradas a olhar para a Floricoisa, a cena mostra uma imitação de discoteca onde adolescentes dão vazão ao excesso hormonal. Uma delas, a que se parece comigo:
-Mãe, aquilo é uma discoteca não é?
-É, mais ou menos. Porquê, vocês gostavam de ir a uma?
Respondem as duas, esgazeadas:
-SIIIIIIM!
Na cena seguinte a Floricoisa diz uma asneira ao assaltante que a maltrata. A mesma, a tal parecida comigo, de mão na boca de espanto:
-Mãe, ela disse filho da pê, u, tê, à!

Conclusões brilhantes

Em alguns bares o sítio mais divertido é a casa de banho das mulheres.
Facto este que deveria ser analisado cuidadosamente pelos proprietários e quiçá tentarem reproduzir o mesmo ambiente cá fora.

Conclusões brilhantes (inspiração casa-de-banho de um bar)

Nós mulheres nunca gostamos dos homens que são bons(inhos). E depois queixamo-nos muito.

11 de Setembro

Nunca mais entrei num transporte público sem pensar duas vezes.

9.10.2006

Pontos baixos das férias

Le Club.

Pontos altos das férias

Kasablanca.

Pontos mais ou menos das férias

A baby-sitter contratada a peso de ouro deu conta do recado a tratar deles mas não conseguiu conquistar o mais novo. Absoluta falta de jeito para bebés.
Ainda assim foram 15 dias de verdadeiro descanso, de noites de sono sem interrupções, de dias inteiros de horários livres, de enormes passeios pela praia, cartadas, conversas. Férias de adulto, portanto

9.07.2006

Das férias

É só sobre o que me apetece escrever.
Sobre os percebes a saberem a mar na esplanada, o cabelo sempre encaracolado por causa da humidade, a pele sempre salgada, os mergulhos no mar frio, o cheiro a algas, os banhos enormes nesse mar quase mediterraneo, as diferentes grossuras da areia nas praias, o tom moreno, as conchas com buracos para colares apanhadas no eixo Mª Luísa-Tomates-Rocha Baixinha, o caminho de 2 minutos de casa à praia só possível naquela Ilha, as conversas longas à beira-mar, o apoio das amigas (obrigado amigas, primas incluídas), as noites até de madrugada, a rede a baloiçar sob o céu nocturo e quente.
A (revi)ver se não me esqueço.

Cá em casa adoramos



Muito boa a história, as ilustrações. Os únicos desenhos animados que gosto não me importo de ver com eles.

9.06.2006

Pontos altos das férias

Uma massagem de pedras quentes e frias é mesmo dos melhores presentes que se pode receber. Obrigada mãe.

Pontos altos das férias

Eu e o homem da minha vida deitados numa rede no jardim, depois do jantar. Brincamos aos piratas, baloiçamos e sossegamos a contar estrelas, quase a dormir os dois muito quietinhos (ele de chucha na boca).
Escapamos assim às novelas da TVI.

9.05.2006

Do cromossoma Y

Este desgraçado, presente em todas as células do miúdo mais novo, tem sido responsabilizado por tudo e por nada.

Aos 2 anos regurgita comida e grita: "Mana, fixe, vomitei!"
É que é tão porcalhão que só pode ser do cromossoma.

Criamos um blog

e nesses primeiros tempos ele é um pouco como um bebé recém-nascido. Apetece vesti-lo com umas fontes especiais, criar-lhe um aspecto que nos agrade, escrever nele até rebentar. Não há é tempo para isso.
Licença de maternidade para blogs?

O início

Começo a medo, com receio de tocar nas teclas do computador. Devagar constato que os meus dedos ainda não se esqueceram das posições das teclas, ainda percorrem o teclado à mesma velocidade de antes.
Hesito em começar, em criar este blog, mesmo sabendo que vou precisar dele daqui a uns tempos (dias? meses? horas?). Foram 45 dias de férias, um mês e meio sem vir a casa e sem lhe sentir a falta. Não quero passar a porta, recomeçar a vida depois da praia, dos amigos, das saídas. Não quero.
É por isso também que não quero começar a escrever aqui (e escrevo), porque isso é assumir que tudo voltou ao mesmo. Tenho o corpo e a cabeça ainda em férias. Sinto o cheiro do mar e o toque da areia. Ainda estou na cidade onde estão as pessoas de que gosto (as muitas que não estão aqui), ainda não voltei realmente para a cidade que me vai manter cativa por largos meses (A contar os dias como os prisioneiros dos filmes, com pauzinhos riscados na parede, um pauzinho por dia até perfazer 9 meses).

pessoas com extremo bom gosto