era uma vez uma série de países que se consideravam o velho continente mas cujas economias nunca chegavam perto da de países que tinham colonizado eles mesmos, nomeadamente, a dos bárbaros-comedores com as mãos-incultos americanos.
aborrecidinhos com esta causa, os países desse continente superiormente culto e inteligente resolveram juntar-se até formar uma união de tamanho semelhante à dos bárbaros (porque o tamanho interessa, todas as mulheres e até mesmo alguns homens sabem isso).
assim foi que deram origem a essa bela criança de seu nome "euro" que, tendo dezenas de paizinhos e mãezinhas pronto a acarinhá-lo, foi crescendo melhor numas casinhas do que noutras, até porque a atenção e a disciplina (aka fiscalidade) era completamente diferente numas do que nas outras - o que faz todo o sentido numa união financeira!
enquanto se debatiam para ver qual deles conseguia fazer chichi mais longe, o euro e dólar iam comprando rebuçados às outras economias que nunca seriam concorrência para eles, esses miudos pobres e descalços da india, china e alguns palops.
de repente, surpresa!: esses desgraçados lhes que costumavam fazer os tpcs e projectos da escola por meia duzia de tostões eram agora quem lhes andava a comprar os brinquedos que - por falta de dinheiro para outras necessidades mais básicas - iam sendo obrigados a vender.
a surpresa não seria surpresa nenhuma se entretanto esses ídolos (mercados) maravilhosos tivessem ouvido aquilo que andaram a dizer desde sempre: que os recursos são finitos e escassos.
estava tudo bem desde que fossem escassos para outros.
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