não sou pós moderna e comovi-me com a imagem de Bento XVI a passar por mim na praça do município, janela do papamóvel completamente aberta e mão de fora a acenar como quem confia. temos pena não sou pós moderna, acredito em Jesus - o dos altares não o dos estádios - comovo-me em algumas missas e arrepio-me a olhar para altares em capelas. temos pena gosto de crianças mas nem por isso da obsessão com marcas de roupa, gadgets electrónicos, restaurantes fashion, discotecas da moda, ginásios.
tenho um amigo que diz "somos tão egoístas, nós" e não quero acreditar porque já nos vi a não ser egoístas, não é sempre, se calhar nem na maior parte do tempo mas acredito que temos esse não-egoísmo dentro de nós e que é só questão de procurá-lo. encontramo-lo.
9 comments:
eu gostava que o teu blog, fosse o meu! apetece-me linkar todos os posts aos meus!
este não resisti! porque estou farta desses egoístas da era moderna!
:)...muito bom!
Adorei o post...costumo pensar algo idêntico em relação aos animais de companhia - atenção que eu gosto muito de animais, acho é que não tenho condições para os tratar como merecem sem descurar o tratamento aos seres humanos que me rodeiam (e, já agora, a mim própria!)
Parece-me que há por aí muita gente - quem sabe, os tais pós-modernos - que disfarçam a falta de paciência para com os "seus idosos" com o excesso de trabalho, com a falta de tempo que hoje se invoca para justificar tudo e mais alguma coisa; não têm filhos por razões similares; não se alimentam em condições porque mais uma vez não têm tempo...neste particular por vezes já se invoca a falta de paciência (já não parece tão politicamente incorrecto). E então... para lhes fazer companhia pagam uma fortuna por um cão enorme, de uma raça que "esteja na moda", o qual confinam ao espaço por vezes exíguo de um apartamento, onde o infeliz fica o dia todo sozinho!
Mas a verdade é que a convivência com um animal é mais fácil do que com as pessoas, designadamente com a família e os filhos - que não escolhemos, que têm a ousadia de ser diferentes de nós, de ter ideias próprias, de nos confrontar...enfim, de nos fazer crescer, de nos tornar pessoas melhores, de nos amar na verdadeira acepção da palavra!
É que não é a primeira vez que ouço donos (só esta palavra já diz muito!) de animais que, quando falam sobre eles, realçam bem que o que lhes agrada é o carácter submisso, a veneração, o "por acaso até nem incomoda nada"...
O problema é que "esses tais" são os que são incapazes de um relacionamento saudável com os seres humanos, os que não são capazes de "fazer companhia a si próprios", que querem ter sempre alguém à espera, que querem alguém que os siga sem reclamar, que exigem veneração e adulação a toda a hora, que não gostam de ser contrariados! São, por exemplo, as "mamãs" que dizem que os filhos não deviam passar daquela fase em que já deixaram de dar más noites, de mamar, etc. e fazem gracinhas para contar a toda gente, se deixam mostrar vestidos como bonecos e para quem o pai e a mão são os melhores do mundo; que pena passarem dos 8/9/10 anos, começarem a reclamar da roupa, a ter amigos, ideias e vida própria, a questionarem o pai e mãe...que maçada!
A pós modernidade também não me apanhou.
Não há mais nenhum sítio em que me sinta tão em paz como no interior de uma igreja. Uma qualquer. Talvez o que se aproxime mais seja praticar tai-chi... em qualquer lado também.
E adoro crianças assim de um modo brutal =D
tão bem dito...
parabéns pelo blog.
delicioso.
Que prazer ler este post. Incluo-me nos não pós-modernos e até acredito que os pós-modernos são mero disfarce. Um dia tiram a máscara. :)
não sei luisa. temos também todos momentos desses, em que não nos apetece fazer fretes, levar com os outros, aturar os gritos das crianças nos restaurantes. temos momentos em que queremos "celebrar o inner self" e não nos maçarmos. eu também acho que isso está tudo muito bem e que cada um deve viver como quer e ter tempo para si. corre é o risco de ficar preso em si próprio se nunca abdicar desses tempo para dar a outros e se limitar a preencher as suas próprias necessidades.
faço um não comentário... não vou dizer o que penso da sua comoção perante o Papa por respeito ao historial do que vai escrevendo no seu blog, mas digo-lhe apenas que não me deixo levar pelo make-up com que esta Igreja, uma vez mais, nos tenta iludir. Que Deus, se existir, nos proteja.
a outra face, iludir - a Igreja? a Igreja está lá, igual a si própria, sem abdicar dos valores pela qual se rege [não vou discutir se estão certos ou errados], conservadora, universal. a Igreja não nos tenta iludir, é bastante clara nos seus propósitos.
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