apercebo-me agora que
estas opiniões, arremessadas - prenhes de raiva e de ódio - sobre qualquer coisa que não entendem, serviram apenas para estimular o fervor católico da maioria dos crentes que [praticamente todos os dias] se estão perfeitamente a borrifar para o que pensam os não-crentes do catolicismo. way to go, pessoas das causas fracturantes. assim chegamos lá. pelo desrespeito mutuo. pelo ódio.
12 comments:
os não crentes no catolicismo, e não os não crentes.
sim. vou corrigir.
cara clara, o texto q linca é uma reportagem. as opiniões nele expressas, entre aspas, são de católicas entrevistadas, com nome e até fotografia tirada. a autora do texto -- eu -- é não católica e não faz disso segredo. mas se fizer o favor de dizer onde vê opiniões minhas e ainda por cima 'prenhes d raiva', neste texto, agradeço. a sério. resolver-m-á o mistério q encontro na raiva do seu texto.
"Mas quando o Pontífice entra o templo é um cenário de concerto pop: palmas e gritos, pessoas em pé sobre o espaldares das cadeiras e dezenas de telemóveis ao alto, a filmar e a fotografar.
Não chega contemplar e sentir, parece, nem sequer entre aqueles a quem a seguir o Papa vai falar, na sua voz pausada, agora cada vez mais rouca, às vezes quase inaudível, sobre saber escutar com o coração e dar disso o exemplo."
é preciso ser católica para respeitar a fé dos outros?
é-me um bocado tinto a vossa indignação contra a visita do papa, era só ignorarem algo que é indiferente para vocês mas não para os quase 90% de portugueses que se afirmam católicos [daqui]
f., todo o texto exprime opiniões suas, e isso é claríssimo.
e, na minha opinião também agressivas, sim.
os católicos naturalmente indignam-se com a forma como tenta retratar as expressões de fé que não entende e que mostra não querer aceitar. podemos respeitar um crente que caminha em dor e sacrifício, mesmo que não concordemos com essa expressão de fé.
a simplicidade de espírito não é fácil de alcançar.
90%? Não te parece demasiado?
clara, aquilo q cita, e q é o final do texto, é uma descrição exacta do q sucedeu. há fotos e estou certa d q vídeos tb. a frase final é a conclusão da descrição, e não só m parece razoavelmente pacífica como não consigo d todo perceber onde vê desrespeito pela fé, não só nessa frase como na anterior. aliás, s alguma coisa está na última frase, é uma apreciação dessa mensagem do papa q está longe de ser desrespeitadora ou sequer dissonante. é pena q não seja capaz d ler o texto sem projectar nele o q sabe sobre mim -- q não sou católica -- e o q julga saber (q é óbvio e bastante inexacto). anyway, não é importante. achei graça comentar porq s há coisa q este texto não é é opinativo e tinha curiosidade em perceber o q m iria responder.
maria a., não m é entendível q considere desrespeito reproduzir o q as pessoas dizem. mais, é-m completamente alienígena, para dizer o mínimo, a ideia q parece defender, a d q s teria d ser não só católico como devoto d fátima para fazer jornalismo sobre o fenómeno. quem diz/pensa/escreve isto não só tem sérias dificuldades com a diferença d opinião como mostra desconhecer d todo o q seja o jornalismo. mas it takes all kinds, certo? graça mesmo é q tudo isto s diga e passe sob o título 'tolerance'.
f., se eu não consigo dissociar aquilo que sei sobre si e aquilo que escreve resta saber se a culpa é só minha ou se a imagem que criou à sua volta se presta exactamente a isso [propositadamente ou não].
ines, pareceu-me imenso sim. mas depois lembrei-me que Portugal não é só Lisboa.
f., não defendo essa ideia obviamente. pode ser muito mais interessante uma reportagem feita por um não católico, por alguém que nunca tenha ido a Fátima. o que estranhei foi o tom agressivo e caricatural.
é verdade que considero os textos muito opinativos, mesmo com todas as aspas e "descrições exactas"(um cenário de concerto pop?) que alega conterem.
quanto aos meus conhecimentos sobre o que é jornalismo - sei muito pouco, é verdade. mas jogos de palavras não são jornalismo.
sim, "it takes all kinds". a diferença de opinião pode conviver bem com o respeito.
Sem provas de nada estamos todos no mesmo sitio e todos temos a mesma razão. A discussão é por isso inútil. A única coisa que me importa é o respeito e o erário público. Quanto ao segundo creio que foi afectado por esta visita e não achei muita graça, num momento de crise, Portugal parar durante 3 dias. Já o respeito teria muito para ser dito mas não creio que valha a pena porque íamos cair em lugares comuns já bem conhecidos e em que é preciso ter uma visão desapaixonada sobre o tema para os poder discutir. Este blog tem outras vantagens mas não essa.
e parou? eu trabalhei todos os dias menos a tarde de dia 11, que tirei em meio dia de férias. portugal não parou durante três dias, quanto muito um dia e meio da função pública, escolas incluidas. mas as escolas também pararam durante duas manhãs [um dia inteiro] para provas que não contam sequer para avaliação e ninguém se queixou.
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