a polícia existe para nos proteger. por vezes, certamente mais vezes do que deveriam ser as vezes (que era zero), a polícia exagera e bate em pessoas.
mas a polícia é constituída por seres humanos e, meus caros, a mim se me chamarem filha da puta e grande cabra e a seguir me atirarem com pedras e ovos e eu tiver um bastão na mão vão ver se não apanham, meus cabrões.
claro está que eu não sou polícia e a polícia tem de andar a xanax, mesmo se há centrais que enfiam agitadores para atirar pedras às polícias e às pessoas para depois aparecerem nos jornais todos. saiu-lhes a sorte grande porque foram atingidos colateralmente dois jornalistas e isto agora há-de correr muita tinta.
agora a historia: uma noite fui assaltada por dois homens. não me roubaram nada, mas à pessoa que ia comigo sim e também lhe fizeram cortes com a faca que tinham, cortes superficiais, mas é uma merda na mesma.
fiz queixa a uns polícias que estavam na área, à paisana, por estarmos numa zona de bares de Lisboa.
passados dois dias os polícias à paisana fizeram-nos sinal e entrámos no carro deles para identificar os assaltantes. identificámos, os polícias mandaram-nos desaparecer dali. deram um enxerto aos assaltantes.
se acho violência polícial? acho. e totalmente merecida.
13 comments:
À polícia não compete ser julgador e carrasco. Se não sabem viver com isso, escolham outra profissão. SE esta última história se tivesse passado comigo, fazia queixa dos polícias, para além dos assaltantes. Não quero gente dessa a proteger-me.
eu não fiz queixa (na esquadra) dos assaltantes.
se vamos por aí tb n podemos prender ninguém, tirar a liberdade a alguém é muito mais violento do que dar-lhe uns murros.
Os assaltantes ficaram portanto livres para assaltar mais gente, e com uma raiva acrescida.
Tirar a liberdade é a retribuição socialmente contratada para esse tipo de situações, já o abifar sopapos é pena que ninguém conttratou nem acordou, e há anos que não se usa.
n sei se ficaram livres, mas se não ficaram logo, ficaram daí a uns tempos, n podiam ficar presos para sempre por roubar 20€...
o que fazem os guardas na cadeia quando os presos se insurgem violentamente, que outra forma têm eles de reagir à violência contra eles próprios, dardos tranquilizantes?
a função da cadeia, tal como a violência, é meramente preventiva (poderás chamar repressiva, que o é de facto).
a função da cadeia n é propriamente manter as pessoas fechadas (embora por vezes seja, no caso de pessoas que se estiverem cá fora assassinam outras), e acho que também já ninguém acredita que há reabilitação de presos nas cadeias. serve sim para servir como ameaça contra todos nós caso tenhamos tentação de cometer um crime.
penso o mesmo sobre o assunto. queriam festas no lombo...
Pensei exactamente o mesmo. Claro que a polícia às vezes exagera, e os jornalistas muito provavelmente não faziam parte da manifestação, mas eu compreendo como por vezes é difícil manter a calma. Ainda me lembro na primária quando chamavam nomes ao meu irmão ficava cega de raiva. O que aconteceu na fotografia em questão é errado, mas a verdade também não é que a polícia bate nos jornalistas, assim nua e crua, como nos querem fazer acreditar.
sou da mesma opinião. não estás só!
O pacifismo está muito sobrevalorizado. Mas isto é uma opinião minha, que sou reaccionária.
eu acho que não se combate violência com violência.
Ora aí está, bem feito.
Em casos destes, subscrevo!
O problema é que não se pode por a coisa em "casos destes". Ou é ou não é. Se damos a liberdade à policia para bater nos assaltantes e não os levar à esquadra, estamos a dizer que podem fazer o que quiserem. E se um dia, alguém se confunde e acusam um amigo teu? E se a policia lhe faz o mesmo?
Quanto à manif, se os manifestantes saiem da linha, de abusam da liberdade de fazer uma manifestação, porrada neles. Selvagens é que não.
E acho tb, como alguém sugeriu, que os jornalistas deveriam ir identificados para as manifs.
Pois ou isto:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=rGBuh-B4VLI
Eu conheço algumas histórias de violência com a policia de intervenção, e uma coisa é certa, quando são chamados é mesmo para isto, dar porrada a tudo o que se lhes atravessa à frente. Não sei se é certo ou não, o que é facto é que não é de agora.
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