1. Ou acabas por perceber que te sentes fisicamente atraída devido à atracção intelectual e emocional pré-existente,
2. Ou te surpreendes ao descobrir que afinal não estás a dar à atracção física o relevo que achavas que irias dar (e eventualmente vais parar à situação 1.)
3. Ou a paixão termina ali, porque de repente o objecto da paixão desaparece
4. Ou acabas tudo mas ficas a sofrer e a pensar "oh, que pena, que pena, que pena" (como alguém que chore a semana inteira por não lhe ter saído o euromilhões - e repete a dose todas as semanas)
5. Ou decides querer uma espécie de relação não-física, continuas a gostar das conversas e da atenção, desde que isso não envolva presença física. E isso dura até que tu ou a outra pessoa se fartem da situação e a terminem, ou arrajem alguém com quem possam ter uma relação que não feche as portas à componente física.
A 4. é uma questão de feitios. Há pessoas que são mesmo assim, e sair deste referencial é um trajecto pessoal que têm de fazer.
A 5. é sempre um risco, um dos dois pode afastar-se e o outro sofrer com isso como se sofre noutro rompimento ou noutra traição qualquer.
Muitas vezes, quando não há a sorte do 1 ou do 2, acontece um 3, com uns laivos de 4, seguido de umas semanas de 5, e depois a coisa esfria, e a vida continua.
Tambem concordo com a S: pela escrita, sim. O pior é o resto: Na blogosfera só dá homens gordos e mentirosos. (Tchiiii...meninos,deve haver excepções,tipo...hum..os que leem este blog? lol)
então, ontem surgiu uma questão parecida. a da transferência. tu apaixonas-te pelo que ele/ela representa. depois quando nos encontramos, fisicamente, ou nos aproximamos mais da pessoa, e a conhecemos melhor, pode ser que a coisa role ou não... e é aí que descobrimos se estamos encantados com a pessoa ou apenas com o q ela representa. digo eu, que nao percebo nada da vida...
penso que seja um pouco diferente, ainda que parecido.
vi um estudo (n me lembro onde) em que emparelharam pessoas desconhecidas (homem-mulher) e os puseram a falar num chat. descobriram desta forma que era mais fácil falar com alguém (sobre coisas íntimas) sem o contacto visual porque o contacto traz restrições de conveniência social/desejo/desejo de aceitação e outras. e que, virtualmente, sem a presença do corpo, os obstáculos desapareciam. no entanto, quando se conheciam, os obstáculos que o corpo físico representa voltaram todos. isto faz todo o sentido, por isso acho que a resposta continua a ser "não", uma vez que não podemos apaixonar-nos sem corpo (mas podemos desenvolver um interesse virtual, tal como podemos ter um interesse por uma pessoa muito bonita mas depois não nos apaixonarmos por ela, por esta ser desinteressante quando fala).
penso que a transferência seja uma coisa típica de um tratamento em análise em que se transfere sentimentos reprimidos para a pessoa que nos está a tratar (é o que me lembro da psicologia que tive no 10º ano).
17 comments:
tenho ideia que sim... mas dá medo!
todos os dias
Possível, provável, frequente. O pior vem depois. Ou o melhor, às vezes. (Raras.)
Pela escrita. sim é. Apaixonei-me pelo namorado nas primeiras linhas que trocamos.
não só é possível como é muito fácil...
Isso pode querer dizer tantas coisas... mas todas elas são possíveis. Muito possíveis. Frequentes, mesmo.
Eu casei-me assim. Com um tipo com quem falava na net. E continuo casada. E feliz.
como todas as pessoas responderam que sim, deixo a pergunta seguinte:
e se a pessoa por quem se apaixonaram não vos atrair fisicamente?
Clara,
1. Ou acabas por perceber que te sentes fisicamente atraída devido à atracção intelectual e emocional pré-existente,
2. Ou te surpreendes ao descobrir que afinal não estás a dar à atracção física o relevo que achavas que irias dar (e eventualmente vais parar à situação 1.)
3. Ou a paixão termina ali, porque de repente o objecto da paixão desaparece
4. Ou acabas tudo mas ficas a sofrer e a pensar "oh, que pena, que pena, que pena" (como alguém que chore a semana inteira por não lhe ter saído o euromilhões - e repete a dose todas as semanas)
5. Ou decides querer uma espécie de relação não-física, continuas a gostar das conversas e da atenção, desde que isso não envolva presença física. E isso dura até que tu ou a outra pessoa se fartem da situação e a terminem, ou arrajem alguém com quem possam ter uma relação que não feche as portas à componente física.
A 4. é uma questão de feitios. Há pessoas que são mesmo assim, e sair deste referencial é um trajecto pessoal que têm de fazer.
A 5. é sempre um risco, um dos dois pode afastar-se e o outro sofrer com isso como se sofre noutro rompimento ou noutra traição qualquer.
Muitas vezes, quando não há a sorte do 1 ou do 2, acontece um 3, com uns laivos de 4, seguido de umas semanas de 5, e depois a coisa esfria, e a vida continua.
(digo eu, que não percebo nada disto) :)
eu diria que percebes tudo do assunto ;)
1. não (tenho este problema de ser muito visual, como os homens).
2. mesma coisa.
3. tipo, sempre.
4. tipo, só não é sempre porque aprendi à segunda.
5. acontece, se quiserem (mas não é grande coisa).
portanto a resposta, baseada nisto é não.
Há sempre probabilidades. Até para acertar no Euromilhões
Sim, a S* confirma.
Tambem concordo com a S: pela escrita, sim. O pior é o resto: Na blogosfera só dá homens gordos e mentirosos. (Tchiiii...meninos,deve haver excepções,tipo...hum..os que leem este blog? lol)
então, ontem surgiu uma questão parecida. a da transferência. tu apaixonas-te pelo que ele/ela representa. depois quando nos encontramos, fisicamente, ou nos aproximamos mais da pessoa, e a conhecemos melhor, pode ser que a coisa role ou não... e é aí que descobrimos se estamos encantados com a pessoa ou apenas com o q ela representa. digo eu, que nao percebo nada da vida...
penso que seja um pouco diferente, ainda que parecido.
vi um estudo (n me lembro onde) em que emparelharam pessoas desconhecidas (homem-mulher) e os puseram a falar num chat. descobriram desta forma que era mais fácil falar com alguém (sobre coisas íntimas) sem o contacto visual porque o contacto traz restrições de conveniência social/desejo/desejo de aceitação e outras. e que, virtualmente, sem a presença do corpo, os obstáculos desapareciam. no entanto, quando se conheciam, os obstáculos que o corpo físico representa voltaram todos. isto faz todo o sentido, por isso acho que a resposta continua a ser "não", uma vez que não podemos apaixonar-nos sem corpo (mas podemos desenvolver um interesse virtual, tal como podemos ter um interesse por uma pessoa muito bonita mas depois não nos apaixonarmos por ela, por esta ser desinteressante quando fala).
penso que a transferência seja uma coisa típica de um tratamento em análise em que se transfere sentimentos reprimidos para a pessoa que nos está a tratar (é o que me lembro da psicologia que tive no 10º ano).
garanto-te, a transferência acontece, nomeadamente paixão/encantamento aluno-professor :o
quanto ao virtual, sim, os gestos, os olhares fixos ou não, intimidam e travam-nos.
Eu comprovou que é.
Mas no meu caso houve atracção física mútua.
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