Não sei se por falta de tempo, de inspiração, de tudo. Eu não escrevo porque não me apetece. Passei um domingo em casa com os miudos. Concedi-me esse domingo. Não me lembrava sequer da última vez que tinha passado um dia em casa. Não gosto particularmente da minha casa, que não fui eu que escolhi, mas ainda assim é melhor do que encher os dias com correrias entra-sai-do-carro-põe-tira-cinto-ter-horas-para-estar-em-algum-lado.
Durante a semana são catequeses-jantares-em-casa-das-avós-com-o-pai, banhos a correr, jantares a despachar, um buzz ocasional (jogo curto) enfiado à pressão antes do lavar os dentes e fazer chichi, ao fim de semana é a natação-almoço-na-avó-festa-de-anos-de-alguém, ou ir ao jardim-esplanada com as tias ou outra coisa qualquer (como a missa) em que também temos de andar a correr e penso, quando teremos temos tempo, quando vou estar sentada a pensar que não tenho nada combinado, nada que fazer, e penso nas coisas às quais nem sequer respondi, amigos a sério, da vida, dos quais me esqueci, aqui foi mesmo por falta de tempo, por cansaço absoluto das correrias. Que para o virtual, há sempre tempo. Que ficar em casa um dia inteiro é um presente (para nós). Para escrever haverá sempre tempo, se não for agora, hoje, será amanhã - é indiferente - para o resto já nem tanto.
1 comment:
A questão está no que consideramos realmente imporante. Temos que ter habilidade para nos dividirmos. Repartir - é isso.
Eu que não tenho filhos, também sei o que isso é. Não somos omnipresentes.. Às vezes gostava de ter mais tempo para mim, para depois poder dar tempo aos outros. Ou que o fim-de-semana fosse de três dias para poder sair à noite na sexta e no sábado e aproveitar a manhã de domingo - que adoro.
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