não sei se a vida se resolve. há coisas que se resolvem da maneira mais improvável: esperando.
ora nós não fomos geneticamente programados para esperar. ou, darwinisticamente, aqueles entre nós que foram geneticamente programados para esperar não sobreviveram através das décadas aos perigos, eram os que ficavam sentados à espera de descobrir que som era aquele e de repente viam a cabeça arrancada do corpo por uma derrocada (naqueles tempos - os das cavernas, em que a humanidade se foi definindo entre os que iriam sobreviver e os que nem por isso - havia muitas derrocadas, isso é do conhecimento geral). os nossos avós foram os que desataram a correr quando ouviam o barulho sem saber muito bem porquê e se safavam enquanto viam alguns palhaços placidamente sentados e com a cabeça arrancada. estes são os nossos genes, os que correm sem saber porquê ao mínimo som. é-nos impraticável esperar. é desesperante não poder agir. mas há mesmo coisas que só se resolvem com o tempo, com paciência.
a vida, por exemplo.
*copyright da princesa ou, se tiverem suficiente persistência, hão-de um dia ler um post meu sem estas anotações ridículas com a merdinha do asterisco.