1.06.2010

conservative

é verdade que me confessei conservadora mas não é verdade que o seja. torço para que o referendo sobre o CPMS não se realize, torço para que todas as leis sobre este assunto sejam aprovadas, adopção incluída, não porque "os paneleiros são pessoas, coitadinhas, que têm o direito aos mesmos direitos dos outros" como diz a esquerdalha moralista e paternalista de minorias, mas porque as pessoas vão viver a vida como quiserem e quem sou eu [nós] para lhes dizer que sim podem casar ou não não podem casar e criar crianças?

9 comments:

Anonymous said...

e esta:

"vão viver a vida como quiserem" e "têm direito aos mesmos direitos"

é praticamente a mesma coisa, não é?

:)

Clara said...

não. quer dizer que as pessoas, independentemente do que a lei permite ou não, fazem o que querem. não é porque a lei proibe a adopção que os casais deixam de adoptar [ainda que o façam à margem da lei] da mesma forma que não era porque os casamentos não tinham enquadramento legal que as pessoas do mesmo sexo deixavam de casar. porque casar é ser uma família, viver como um casal, não um registo numa conservatória.

Anonymous said...

hmmm... não concordo.

sendo como dizes, está tudo muito bem como está agora.

a questão essencial é mesmo a de que se quiserem (porque lhes apetece e é assim que querem levar a sua vida) dar o passo para o registo civil, não podem, não têm essa opção para escolher.

assim, tendo os mesmos "direitos", terão os mesmo respectivos "deveres" - logo, "vão viver a vida como quiserem"!

:)

Clara said...

só não está bem porque existe o disparate da união de facto e o casamento. a figura do casamento como um registo nem sequer deveria existir, para ninguém. se querem declarar união, basta que o façam com a união de facto. se querem fazer a festa, façam-na de qq forma. se quiserem casar dentro de um templo religioso, façam-no. tens uma coisa que é o chamado "divorcio na hora" em que por um euro e através da net o estado te divorcia. que sentido faz isto tudo?

Ana said...

Nem mais.

Maria Inês said...

paneleiros (e derivados) é, provavelmente, das palavras mais feias que existe. lamento, mas foi o que registei do post. quanto ao resto, enough is enough.

Clara said...

ahhahaha, n é bonita mas deixa lá, é só uma palavra.

sem-se-ver said...

«não porque "os paneleiros são pessoas, coitadinhas, que têm o direito aos mesmos direitos dos outros" como diz a esquerdalha moralista e paternalista de minorias,»

=

«mas porque as pessoas vão viver a vida como quiserem e quem sou eu [nós] para lhes dizer que sim podem casar ou não não podem casar e criar crianças?»

e reparei que, acima, discorda que sejam uma e a mesmíssima coisa.

mas são (descontada a vulgaridade da palavra 'paneleiro', sendo que ela é em tudo equivalente a 'pessoa')

:-)

Clara said...

para mim não são a mesma coisa. talvez o fim seja o mesmo. a maneira de encarar é que não.

escrevi paneleiro como noutros posts escrevi merda ou coisas ainda piores, são asneiras sim, mas enfim, custa-me que subitamente tenhamos que viver rodeados do politicamente correcto em tudo. em casa dos meus pais "caraças" é asneira. se eu n tivesse vivido assim toda a vida certamente não precisaria de falar como um carroceiro [falo mas não escrevo] tantas vezes.

não tenho paciência para o moralismo dos "coitadinhos, oprimidos do sistema, minorias socialmente reprimidas" e essas conversas. são pessoas que se querem ser vistas como pessoas como todas as outras têm de proibir que lhes colem esses rótulos.

se a coisa vai lá com o casamento? eu conheço mais homossexuais que não se assumem nem para eles próprios do que os que sim. por isso eu diria que não, que a coisa vai lá pela educação. e já agora se alguma figura pública viesse dar o exemplo, em vez de serem todos Herman Josés, talvez não fosse mau de todo.

mas isto é apenas a minha opinião, vale o que vale.

pessoas com extremo bom gosto