enquanto conduzia para baixo, em direcção ao mar, verificou com surpresa que ele estava estranhamente revolto. Estranhamente porque o dia estava ameno, de sol, quase sem uma brisa e no entanto, aí estava ele, as ondas rebentando nas pedras como se as quisessem destruir.
Parou o carro e saiu para observar, tinha ainda alguns minutos para chegar, e que não os tivesse, eles haviam de se produzir de uma maneira ou de outra.
Olhou para o mar como costumava olhar desde sempre, tentando descobrir entre os limos, as pedras e a areia o significado de alguma coisa que, no fundo, sabia não significar nada.
Nem todas as coisas tinham que ter atrás de si um sentido oculto e profundo, algumas eram só o que eram. E neste caso, era apenas o mar que estava tempestuoso, sem mais.
1 comment:
Como nós, muitas vezes.
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