12.02.2008

A minha visão muito pessoal de inferno

situa-se ali algures num troço da 2ª circular, de um lado o estádio com o maior número de energúmeros do país, do outro a aberração arquitectónica a que chamam Colombo, à frente e atrás trânsito insuportável, qualquer dia da semana, a qualquer hora.
O amor maternal é uma coisa muito bonita, ai do próximo que tentar insinuar que não faço sacrifícios suficientes pelos meus filhos, leva logo com a descrição pormenorizada duma manhã a percorrer os corredores da aberração à procura de uma coisa muito específica para oferecer aos miúdos (o sacana do fato encarnado leva com os créditos todos, o trabalhinho fica para nós) tendo de escutar, entre outras pérolas, conversa de empregadas de loja - nos anos 70 usavam-se cai-cais? ah não sei, não percebo nada de História - seguida por uma discussão acesa com um neandertálico de cachecolinho encarnado ao pescoço que assumiu que eu teria que "dar a volta" a um parque de estacionamento para que ele pudesse entrar em contramão e estacionar no meu lugar (guardo com algum carinho a expressão boçal do homem "vai dar a volta, A VOLTA", aquilo se é apanhado pela Quercus já não o largam, tem de consistir espécie em vias de extinção) quem me manda enfiar num parque de estacionamento do estádio em dia de jogo, talvez tenha algo a ver com o facto de eu não imaginar NEM QUERER SABER se havia jogo ou não

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pessoas com extremo bom gosto