12.09.2009
4 dias em Marrakech
Em Marrakech ainda pode sentir-se a tensão pela ira dos circunstantes na Medina, quando se fotografa indevidamente uma mulher tapada, sabendo-se que um “pardon, pardon!” resolve a coisa, de modo civilizado, sem mais consequências.
Em Marrakech ainda pode sentir-se a adrenalina de nos perdermos por ruas estreitas e labirínticas, tendo a certeza de que, inevitavelmente, alguém senhor de um perfeito francês nos ajudará a encontrar a saída.
Em Marrakech ainda pode conviver-se todo o dia, fora de portas, com a simplicidade de um modo de vida ancestral, por entre esconsas edificações de cor ocre e rosa, e à noite recolher ao conforto de sumptuosos palacetes transformados em hotéis e amenizados ao gosto europeu pela observância dos clichés da estética lounge.
Em Marrakech pode andar-se à noite, vestido para matar, no meio de ruas fétidas e mal iluminadas, em busca dos sofisticados restaurantes que servem as melhores pastillas e tagines, sem que os berberes andrajosos com que nos cruzamos pareçam reparar minimamente nisso.
Marrakech é uma cidade pacífica, de pessoas simples e simpáticas. Marrakech dá-nos a aventura e o exotismo suficientes para sacudir um pouco a nossa rotina sonolenta, sem os reais perigos de uma grande metrópole muçulmana.
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