2.17.2008

De repente no meio Lux

uma rapariga chora, emocionada e abraça-se aos amigos todos. Não sei o motivo mas imagino que tenha sido pedida em casamento ou qualquer coisa assim. Fico a pensar naquilo, há mais de 10 anos terei eu feito o mesmo? Não ali, noutra discoteca e nessa mesma noite de há mais de 10 anos, o carro meio destruído e horas passadas numa cela ao lado de um corpo cheio de crostas, de manhã a advogada - "diga que ficou noiva" - "olhe, sabe, eu não vou dizer nada, nem era eu que ia a conduzir".
Devo ter continuado a ignorar os sinais, deu no que já se sabe, pensando assim nestas coisas era como se todas as campainhas do mundo estivessem a tocar e eu surda, eu a fazer-me de surda.
E depois de ver esse filme, "There will be blood", um bocado desiludida com o filme, mas a lembrar-me que de facto o inferno são os outros, somos nós uns para os outros. O problema é que o paraíso também.

2 comments:

Otium said...

... o Lux... as histórias daquele sítio... tens de ler um texto do Fernando Pinto do Amaral...

Mocas said...

nem mais.

pessoas com extremo bom gosto