11.22.2009
Ich bin ein Eltviller
4 dias em Eltville parecem 4 semanas.A mesma rotina. Acordar bem cedo no quarto da espécie de residência universitária despojada. Não há televisão. Apenas mobiliário de pinho tipo quarto de crianças do IKEA. Funcionalidade. Olhar para o mítico e wagneriano Reno. Pequeno almoço frugal de pão escuro, fruta e queijo. Trabalhar. Passear pela cidade de casinhas independentes e jardins, com o travejamento de madeira pintada à vista, tão tipicamente alemãs. Um estilo imutável do século XVI ao século XIX. Apartamentos? Nada, ou pouco. E pouca iluminação nocturna. Céu vibrantemente estrelado. Muito comboio. Muitos Renault, Volkswagen, Toyotas e Opel. Muito comboio. Poucos Mercedes, BMW ou Audi, que isso é mais em Lisboa. Muitas lojinhas. Muitas. Poucos supermercados modernos. Não encontrei sequer recargas Gilette e a pele da minha cara, mal habituada, devolveu-me uns cortes jeitosos à passagem das lâminas Prinz, ou Prince (nunca tinha ouvido falar). O tempo parece parado. Há muito silêncio. As sonoras e francas gargalhadas das minhas colegas italianas tornam-se assim muito mais presentes. Correr no passeio junto ao Reno e cruzar-me com pessoas que passeiam vagarosamente os seus pastores alemães. Muitos pastores alemães, de focinho grave e calmo. Viajo, muito, ao ponto de estar muito cansado de estar sempre a partir, ou se calhar sempre a chegar, mas desde ontem trago Eltville no coração. Pronto, o café é mau.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
2 comments:
Eehehhe, vivi 3 meses da minha vida nessa terrinha, isto há 11 anos atrás.
Parece q continua na mesma!!
:)
A sério, Ana? Com certeza que está na mesma. A única diferença é o fotógrafo que tem estabelecimento na praça principal. Moderno e maroto à brava. Não é coisa que se aceitasse há 11 anos.
Post a Comment