quando penso nisso deve-nos ser quase impossível não idealizar o tipo de pessoa perfeita para nós.
para o meu amigo são raparigas dez anos mais novas com copas acima de C, belas, pálidas e cujo pequeno almoço completo inclui a filmografia completa do bergman.
para mim, o tipo perfeito é muito moreno, jogador obssessivo de rugby, detestando qualquer tipo de jogos de azar, passatempo favorito viajar a sítios insólitos e conhecendo de cor todos os livros de saramago e do gabriel garcia marquez. uma espécie de gonçalo cadilhe mas em maciço e intelectual.
as coisas perfeitas são boas para quando está sol lá fora e nós fechados no escritório com uma pilha de orçamentos para organizar. boas para quando chove e é sábado de manhã e não temos nada marcado para o resto do dia, nem sabemos se teremos.
boas para exercitar a mente como uma casa com piscina no meio das montanhas com a qual sonhamos mas onde nos aborreceríamos se tivéssemos de passar todos verões. porque a verdade é que a perfeição aborrece e, convenhamos, as pessoas reais e os seus defeitos são bastante mais interessantes.
3 comments:
ai aquilo chama-se copa c?
ideal, será complemento daquilo que somos, ou o que desejamos, à força?
será aproveitar e saborear o melhor de alguém, até o menos apetecível se tornar insuportável?
será revermo-nos noutra pessoa, sem nos tornarmos monótonos e desinteressantes?
será estar um dia que não desejamos, e fazer dele algo que nos faça sorrir?
ainda estou, "preso" ao trabalho, os colegas de equipa já se foram, e o silêncio tomou conta do open space...restam os do costume no piso... no communicator "Another gay day at work"
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