há coisas pelas quais tenho comiseração, como os mineiros que passaram quase três meses enfiados debaixo da terra, as crianças já que nascem sem nunca poderem vir a sair de uma cadeira de rodas ou falar, pessoas que são abusadas, pessoas que nasceram em buracos como a Guiné-Bissau onde nunca vão poder ter esperança de um emprego decente ou mesmo um cuidado paliativo quando necessitarem. dessas coisas tenho pena porque não há defesa contra estes processos. são pessoas que se limitaram a, involuntariamente, ter um azar do caneco.
já não tenho a menor compaixão é para o gozo permanente das tiradas atrasadas mentais da lucifloribela, dos ataques anónimos a bloggers [coitadinhos, que sofrimento, atacados por um anónimo numa caixa de comentários], das pessoas famosas que não conseguem usar um bikini sem ter a celulite exposta em todas as capas de revistas, ou ir jantar fora e ter as fotos com comentários do género "come imenso e por isso está uma baleia".
temos pena ou seja, não temos. porque cada vez que fazemos alguma coisa temos uma opção: ou nos expomos, ou não nos expomos. e há ainda uma outra opção: se nos expusermos, queremos manter a exposição ou sabemos lidar com isso como se não nos estivessem a arrancar um pulmão? há opção e, havendo opção, não pode haver comiseração.
2 comments:
A ideia, de que em áfrica "tem de haver" as mesmas oportunidades e as mesmas condições que há na europa e na américa do norte, não passa de uma ideia "missionária", sem respeitar os costumes e tradições, e acima de tudo, a vontade dos africanos! A missionização, a que me refiro, tem a ver com a clara "imposição" da nossa vontade, apenas porque achamos que não se vive assim, ou que está mal, ou não achamos bem. A pior coisa que se pode fazer a um africano, é "condicioná-lo" ou tirar-lhe a liberdade.
A melhor maneira de ajudar em Àfrica é mesmo não atirar para lá o lixo do mundo, porque todo mundo quer lixar àfrica.
Halala, ewig is ons Afrika...
Pois. Tal e qual.
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