Enquanto conduzo afloram-me à mente os pensamentos mais obscuros. Como por exemplo, porque é que gostamos de algumas pessoas e de outras não? O que é que faz darmo-nos muito bem com alguém e não assim tão bem com outros.
Tem de ser mais do que simples afinidade, background semelhante. É o tipo de pensamento que me massacra.
Dizem os brasileiros daquelas pessoas por quem sentimos uma antipatia imediata e persistente "o nosso santo não joga", frase que adoro, primeiro porque imagino logo dois santos sentados a uma mesa de poquer com um charuto ao canto da boca e a atirarem fichas para o centro de uma mesa. Mas também porque é inexplicável essa sensação. Raríssimas são as vezes que a sinto, mas quando sinto é persistente e incomoda como uma picada de melga, por muito que me esforce por ignorá-la, por combatê-la, parece que a cada tentativa essa sensação fica mais forte ainda.
No comments:
Post a Comment