5.10.2008
Confissão
Tenho saudades, de alguma forma (não de todas) de ser casada. Da vida correr lisa como uma autoestrada, comprida, sem curvas, rectilínea. De não haver complicações nem questões nem problemas sérios, de tudo ser perfeito. Sei agora (porque realmente não tinha maneira de saber antes) porque é que o meu cérebro tinha nessa altura necessidade de me atormentar com imagens intermitentes de catástrofes, de acidentes potenciais, de tragédias. Eu não sou capaz de conviver com essa linearidade, de ter paz. Agora que todos os tormentos podem vir de fontes externas, já não os imagino, eles são-no. E, de uma forma absurda, só quero que tudo volte a ser como dantes. Provavelmente para que volte a desejar que não seja.
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10 comments:
E estar casada era "a vida correr lisa como uma autoestrada, comprida, sem curvas, rectilínea. De não haver complicações nem questões nem problemas sérios, de tudo ser perfeito".
Ah...
afinal sou mais parecida contigo do que pensava :)
isabel r.
Pois, então não é, Comendador?
queremos sempre o que não temos
Para mim estar casada não é a "vida correr lisa como uma autoestrada, comprida, sem curvas, rectilínea. De não haver complicações nem questões nem problemas sérios, de tudo ser perfeito"
mas então achas que o casamento era uma amena cegueira?
Clara, aquilo que eu sei de casamentos é que nada está ganho, nunca. É um dia depois do outro, é reinventar o que parece que já não pode ser mudado, é não dar nada por certo.
(eu não vou dizer nada para não ter de me chamar abelhudo)
... ao Zé, para não ter de chamar abelhudo ao Zé
(raisparta o login desta coisa)
No casamento por vezes é tudo tão imperfeito...
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