3.15.2010

revolution

fiquei a pensar neste post da Kitty que, cravejada de razão [como de costume, aliás] diz, gostamos de homens que nos protejam, homens de barba rija e mãos grandes, que sejam confiantes, fortes, capazes, independentes, cultos, decididos, que nos aparem as lágrimas, que saibam bem o que querem e o que têm de fazer para o conseguir.
das vezes que ouvi estas queixas [foram muitas e também algumas as que as fiz eu própria] só posso pensar que isto do feminismo e da igualdade foi uma coisa muito mal pensadinha [como a maior parte das revoluções], tanto para homens como para mulheres. nós porque passámos a ter de trabalhar tanto como eles e ainda acumular as funções que as nossas avós tinham em exclusivo. eles porque ficaram sem lugar definido acumulando com funções que nunca passariam pela cabeça do nossos avôs [como mudar fraldas]. presumo que a coisa não corresse assim tão bem para as senhoras andarem a queimar soutiens e reevindicar igualdade. mas estou em querer que já fazíamos uma nova [pelo direito de opção?].

6 comments:

Kitty Fane said...

Daqui nada até começam a ter TPM. :-)

(Obrigada, o sentimento é recíproco. :-))

Cláudia said...

Acredito que tivessem toda a razão do mundo...mas, pela parte que me diz respeito (e, reconheço, não sendo eu das mais sacrificadas com a "dupla jornada" como lhe chamam "nuestros hermanos", as senhoras da dita "queima" hão-de estra fartas de dar voltas na tumba!!!

johnny oshu said...

en lo que a mi respecta, me parezco mas a mi bisabuelo, aunque no se bien a cual de los dos, y él decia no hay revolución que dure 100 años pero imperios duran siglos. (y dias que la memoria falla).

Espiral said...

Só para assinalar, ninguém queimou soutiens... foi apenas (oh surpresa) um erro jornalístico.

De resto concordo contigo. Mas também acho que os homens não tem que ser de determinada maneira. Há para todos os gostos.

Prezado said...

acho que já há lugares onde vigora a Opção. Por cá, o que vejo ainda é a mesma história da geração dos nossos pais, mas contada de outra forma. Trágico para as feministas, as mulheres continuam a ficar em casa e desistir da carreira, agora porque com a chegada dos filhos, o investimento em colégios não compensa, por exemplo. É o marido que fica em casa a tomar conta da prole? claro que não.

Clara said...

Prezado, tem piada porque eu conheço pouquíssimos casos assim. 73% de população activa feminina é altíssimo. e é triste, porque muitas mulheres [e possivelmente alguns homens] prefeririam ficar em casa com as crianças. ou trabalhar em part-time, por exemplo.

eu estive em casa até há dois anos e meio e vejo a diferença abissal entre a educação que lhes conseguia dar e a consigo agora.

make no mistake, a educação exige tempo e disponibilidade.

a longo prazo somos todos prejudicados, estes serão os adultos do futuro [veja o caso do miúdo que se suicidou em Mirandela].

pessoas com extremo bom gosto