diz-nos o pordata que em 2008 a taxa de divórcios se fixou em 60,4%.
60,4% significa que, a acreditar na estatística [que não deve ser lida de forma linear, porque o percentual é feito número de casamentos/dissoluções e os divórcios devem-se a todos os antigos casamentos enquanto menos gente se casa actualmente], significa que quando duas pessoas se casam têm maior probabilidade de se divorciar do que ficar casadas.
Ou como diz o meu amigo Jorge,
Alguns garantem que os maus períodos das épocas são apenas uma consequência inevitável do progresso. Mas é quando os princípios são ultrapassados pela superficialidade e fugacidade desse mesmo progresso que percebemos a urgência do dogma da estabilidade e do equilíbrio.
[e eu acrescento esse maravilhoso ditado, porque os ditados carregam sempre consigo toda a sabedoria do mundo, quem casa não pensa e quem pensa não casa].
6 comments:
Antigamente as mulheres não tinham outro remédio senão ficar casadas. Não tinham fontes de rendimento. Hoje em dia, outro galo canta...
podemos fazer esse comparativo: em 1999 [o ano em que me casei] a taxa de divorcio é de 25,7% para uma população activa feminina de 66,1%.
em 2008 [o último para o qual há dados no pordata], a taxa de divorcio é de 60,4% para 73% de populaçao activa feminina.
E mais... sempre houve, em Portugal, a tradição da família unida a todo o custo. Um certo conservadorismo que se está a perder.
mas também n é preciso ir tão longe. 60% é quase tornar o divórcio uma coisa fashion como iphone e uma malinha carolina herrera. [eu a dar totalmente uma de frei tomás].
Eu também casei em 1999 e sei o quanto me tem sido difícil não contribuir para o aumento desta taxa...
eu já contribuí.
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