não preciso de te dizer, já sabes, sou igual.
sabes por isso que penso no teu hálito no meu pescoço na sala de cinema, quando não podíamos fazer barulho e me segredavas coisas só porque sim
que penso na viagem até casa em que íamos morrendo três ou quatro vezes porque não vês um boi sem óculos [eu não sabia, juro]
que penso na tua mão na minha cintura mas sobretudo nas coisas todas que não dissemos não fizemos e nunca havemos de fazer nem dizer.
é sempre assim, descansa, tenho os ouvidos em chama [pronto, é só um] mas isso não me faz esquecer a minha única convição na vida. que só os amores não concretizados duram para sempre.
8 comments:
Acho que vou adoptar essa convicção. É que faz realmente todo o sentido.
Sim. Concordo.
Revi-me imenso neste teu texto.
Os amores não concretizados duram mesmo para sempre e são tão difíceis de acabar.
Só quem tem um é que percebe exactamente do que falas aqui.
eu escrevi isto e embora baseado numa história real, não sinto efectivamente isso por ninguém. quero dizer, gosto do conceito mas não carrego coisas dessas comigo.
lembrou-me do Woody: "only unfulfilled love can be romantic"
os filmes do woody cansam-me, até as boas relações parecem ultra secantes nos filmes dele.
iquei mais descansada ao saber que nao carregavas coisas destas contigo, como disseste, devo dizer. :)
Não queria. Preferia até não concordar...mas é o que é!
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