Tendo em conta a natureza do BPP e a sua dimensão, dificilmente o Banco de Portugal e o ministério poderão dar luz verde ao aval de 750 milhões. Daí terem procurado antes encontrar uma solução que resultasse na absorção da instituição por outra.
Se esta via falhar, admite-se que o BdP e as Finanças acabem por dar um aval, embora de menor valor, e mais adequado à dimensão do banco de João Rendeiro. Outra hipótese de salvamento pode passar pelo BdP, que, do ponto de vista legal, tem possibilidade de ajudar um banco em dificuldades (metendo lá dinheiro). Neste caso, o Governo indicará administradores provisórios para o BPP.
Os esforços das autoridades para "salvar" um banco como o BPP é evitar o risco sistémico. Ou seja: que a des-
confiança no sistema financeiro se alastre a todo o sector, em particular à banca comercial que recebe depósitos e dá crédito à economia.
Comecem lá a tratar as coisas pelos nomes. "Capital de risco" é na verdade "Capital-que-teria-algum-risco-se-a-merda-do-governo-não-injectasse-milhões-de-cada-vez-que-um-banqueiro-se-vem-chorar-da-crise".
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