É, acima de tudo, muito fiel ao livro.
O Gael Garcia Bernal pareceu-me um erro de casting. É tão fofo que não se consegue fazer odiar. Na pior das hipóteses parece um rapazinho a precisar de Ritalina
Sempre imaginei o cão das lágrimas como um Golden Retriever (sei que o Saramago também não gostou do cão), mais um erro de casting.
O filme é estranho, confuso (a meio, tal como tinha acontecido no livro, comecei achar estranho ainda conseguir ver) mas fotografia é linda e a realização parece-me muito boa (a mim que não percebo nada de cinema). Acredito que esta sensação estranha que deixa esteja relacionada com o final, já muitas vezes me apercebi que um fim pode salvar ou afundar completamente o filme (como o Thelma and Louise, um filme absolutamente execrável cuja única lembrança que deixa é o final, apoteótico).
No caso do Blindness (tal como no livro) fica a sensação de incompleto, quando terminou a projecção ninguém se levantou do lugar, à espera de algo mais, suponho. É propositado, o livro continua no Ensaio sobre a Lucidez. O filme, aposto, não terá sequela.
A propósito, parabéns.
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