4.09.2008

No dia em que perder o quase nada que tenho agora

terei ainda muito na pele dos meus filhos, na minha alma.
Mas quase certo será que também esta terei que vender para sobreviver. E depois? Poderei ainda dizer que os tenho a eles?

13 comments:

Varanda said...
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Cool Mum said...

xô!

Cool Mum said...

xô!

Anonymous said...

nesse dia, no dia em que vender a alma para sobreviver, os seus filhos ficarão no acto de coragem e dedicação que teve para com eles. Os filhos não estão na alma, estão no coração. O seu resultado nos miúdos estão nas atitudes que vão ter pela vida fora e que foram consequência da aprendizagem consigo.

Distinguir o seu bem estar e o bem estar deles é bonito. Preocupar-se com a ideia que ficaram de si também. Serem felizes no fim compensa tudo.

Eu acho.

Comendador Antunes de Burnay said...

Pode. Sem dúvida.

Anonymous said...

Dúvidas legitimas, Clara.

[Se me permite esse(a) anonymous acima é um(a) lirico(a). Estamos no séc.XXI, na era do instante, da satisfação imediata, do consumismo, da memória curta...]

Clara said...

blah,

O comendador disse o mesmo. Aliás já me tinha dito em pessoa. E faz sentido o que ele disse. É assim como diz mas depois também não é...(profundo, muito profundo).

Anonymous said...

Pela primeira vez, vou quebrar a regra de não responder a outros comentadores (acho falta de chá rotular as pessoas por um comentário...e só). Acho sim, que se deve distinguir o nosso bem estar do dos nossos filhos. Acho mesmo que as nossas atitudes se reflectem na dos nossos filhos. Repito; Se o nosso esforço teve como objectivo o bem estar deles, tudo é permitido (atenção, o bem estar deles não está associado a playstations nem nenucos). Não há memória curta nas crianças. Há atitudes que terão a tendência em repetir quando crescerem. Isso distingue os dignos dos outros. Entendi "vender a alma" como algo mais do que isso. Como "trabalhar em algo que não me agrada", "o esforço que vai alem dos meus princípios mas que farão os meus filhos mais felizes". Talvez seja lírica, mas tem funcionado até agora.

Clara said...

Não, vender a alma para mim não é isso. É largar princípios, sim. Fazer coisas como, sei lá, roubar rins para vender no mercado negro (não que eu fizesse isso, nem tenho conhecimentos médicos para tal, era só a título de exemplo).

egolândia said...
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Anonymous said...

Mas faria-o pelo bem estar dos seus filhos?

Anonymous said...

Clara, faça só e sempre o que lhe ditar a sua consciência, porque é com ela que viverá e dormirá todos os dias da sua vida...

Anonymous said...

[Se "vender a alma" fosse "trabalhar em algo que não nos agrada", andava meio mundo de alma vendida e mais um terço com um post-it na testa a dizer vende-se].

pessoas com extremo bom gosto