9.25.2007

Note to self:

treinar um "que bom!" verdadeiramente entusiástico para quando alguém me anunciar a sua primeira gravidez. O sorriso amarelo e o "nem imaginas no que te vais meter" entredentes não causam nos outros uma boa impressão minha.

10 comments:

Joanissima said...

Como te entendo... : ))
É em relação ao casamento então nem se fala... Às vezes tenho que me morder para me conseguir manter de boquinha fechada... : ))

Anonymous said...

Isso, acompanhado de um sorriso convicente.
Seja a primeira, a segunda, ou a terceira...

M.

Clara said...

porquê m.? Politicamente correcta acima de tudo?

Xana said...

Ahahahahha!

Same here!

Anonymous said...

E a felicidade verdadeira que os filhos trazem? daquela que pensávamos já ter vivido em determinadas situações da vida, mas descobrimos que, afinal, não tínhamos sentido nem metade? onde fica nesse entre-dentes?... Dá trabalhinho, pois dá, traz muitas despesas, pois traz, dores de cabeça e irritações... Mas, caramba, venha isso tudo, compensa pela descoberta da verdadeira felicidade. nada no mundo me faz tão feliz como ter a minha filha na minha vida e, só percebe as minhas palavras quem tem filhos e sente a mesma coisa.

Clara said...

mas Psy, essa já é assumida, gritada, divulgada, cantada por todos. Da outra parte é que ninguém fala.

Anonymous said...

Não, Clara. Sabes que não.
A sinceridade acima de tudo.

Mas há casos em que a sinceridade não é muito bem aceite e, nesses casos, talvez seja melhor pesarmos as nossas palavras.

Às pessoas de quem gosto, digo o que penso, porque acho que é assim que as ajudo e é isso que merecem: a sinceridade.
Mas há pessoas com quem não me importo, e se elas querem ouvir determinada coisa, e se essa coisa nem é particularmente difícil de pronunciar, se ficam mais felizes por isso e se daí não advém mais consequências do que essa satisfação momentânea de ouvirem o que lhes agrada, então nem sempre digo em toda a extensão o que me passa pela cabeça.

Clara said...

Ah, m., eu também não digo. Não nesse momento, pelo menos.
Não consigo é disfarçar muito bem, mas fico feliz por eles, claro (e se calhar, ainda mais feliz por não ser comigo, já tenho a minha dose).

Mas como diz a Xana, tão melhor do que eu, "as pessoas que têm filhos sabem melhor que todos as vantagem de não os ter".

Não tenho uma visão romantica da coisa, pois não. Não tenho uma visão romantica de nada. O que não me impede de ter uma visão positiva.

Anonymous said...

Eu sei, Clara. E não estou, de modo nenhum, em desacordo contigo.
Em relação a esta coisa da maternidade é bem verdade que toda a gente grita aos quatro ventos as maravilhas a elas associadas, mas muito raramente se ouve falar do outro lado da moeda e concerteza, como em tudo, ele existe.

Anonymous said...

Obviamente que existe o lado negativo da maternidade e muitas vezes se fala nele. As noites mal dormidas, as preocupações que nunca tivemos antes, as birras que se têm de aturar, as mágoas que os filhos muitas vezes trazem etc. Mas, como em tudo na vida (ou como tudo deveria ser) a parte positiva bate, em muito, a negativa por isso se fala mais nela. Só deve ser mãe quem quer e quem pondera essa decisão. Mesmo quando se engravida por acidente se deve ponderar muito bem a decisão de permanecer grávida. Mas acho perfeitamente natural que, depois de se ter ponderado e se saber que nem tudo são rosas, se pense só nas rosas e se deixem os espinhos para se lidar com eles quando eles picarem (já tendo preparado todos os desinfectantes e pensos)... Como em tudo na vida, devemos encarar TUDO pelo lado positivo, sendo conhecedores que o negativo também poderá acontecer, estando preparados para ele, mas não pensando nele... Se andássemos sempre a pensar "no que nos vamos meter", na chatice disto e daquilo nunca vivíamos plenamente os prazeres que a vida nos dá.

pessoas com extremo bom gosto