lembrei-me de uma história da qual não me lembrava há anos, a da minha filiação na JS.
Teria os meus 15 anos quando um amigo meu, filiado na JS, concorrendo à presidência da Associação de Estudantes do nosso liceu, me pediu, entre as muitas assinaturas que ía pedindo dia-a-dia: "assina aí para a lista, sff". Estupidamente assinei, como sempre fazia, e qual não é o meu espanto (horror e vómito) quando passado uns dias ou semanas recebo em casa um cartão da JS com, imagine-se, o meu nome inscrito.
Meia passada com a coisa andei uns tempos atrás desse meu amigo para que tratasse da situação e ele a evitar-me.
Um dia encontra-me à saída da Mexicana e dá-me um sermão, não tinha gostado da carta que eu tinha enviado ao António José Seguro (na altura o presidente da Jota Esse) explicando os métodos de recrutamento pouco ortodoxos dos seus partidários e exigindo o meu desvinculamento imediato da coisa. Ao que parece o presidente ter-lhe-ia dado uma enorme descompustura e talvez ele tenha visto o seu futuro partidário a ir por água abaixo.
Virei-lhe costas com um singelo "rapaz, depois de andar 3 meses a pedir-te que tratasses da situação e sem obter resultados, era isso ou uma carta para a tua mãe".
Hoje em dia seria piada, a forma como na altura o meu pânico estava intimamente ligado a que um dia pudesse querer fazer carreira na política e ter algures estado associada ao PS.
Ou talvez não tenha assim tanta piada se considerar que a Teresa Caeiro foi nomeada Secretária de Estado da Defesa (cargo que acabou por não exercer) por ser filha e neta de oficiais de marinha.
Ora eu, sendo filha, neta, bisneta, sobrinha-neta e trisneta de oficiais das forças armadas teria potencial para chegar a ministra, quiçá não fosse a cartinha ao António José Seguro.
3 comments:
eu diria é q tens potencial (e passado) para líder da oposição! LOL
lol Zuza, partido não interessa, importante é que seja oposição, certo?
Pois, mas não, na altura era do que estava no poder, no ano seguinte ajudei-os a (re)ganhar eleições.
muito bom!
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